O presidenciável Sergio Moro (Podemos) está em Teresina desde essa quarta-feira (09) cumprindo agenda pré-campanha. Na manhã desta quinta (10) ele participou de dois eventos no Teresina Shopping: encontro com empresários e profissionais liberais e reunião com advogados. Ele ainda vai participar de um evento de filiação também no shopping.
Na ocasião, Moro atacou o presidente Jair Bolsonaro e afirmou que sofreu uma sabotagem por parte do chefe do executivo federal. “Quando eu fui ministro da Justiça eu não consegui avançar nessa área de combate à corrupção, vou ser bem sincero, porque eu fui sabotado pelo presidente da República, está certo que também não tive apoio de outros poderes da república, parte do Supremo Tribunal Federal tem a sua culpa, parte do Congresso tem a sua culpa”, afirmou o ex-juiz.
“Se eu tivesse tido o apoio do presidente, num regime presidencialista, isso teria feito uma grande diferença e a gente teria conseguido aprovar muito coisa que a gente não conseguiu por falta de apoio do presidente, mas como ministro da Justiça nas outras áreas o que eu me dispus a fazer fui bem-sucedido”, completou Sergio Moro.
O presidenciável, que comandou a Operação Lava Jato, falou da atuação à frente do combate à corrupção e ressaltou que é possível construir um país justo. “Vocês me conhecem, eu fui juiz da Lava Jato e diziam que era impossível combater a corrupção no Brasil, mas a gente mostrou que é possível sim desde que você tenha vontade e apoio. E, aquelas pessoas que se achavam acima da lei, que é uma ideia errada de país, a gente precisa construir um país que a gente possa ter orgulho de dizer que ninguém está acima da lei, a gente mostrou que a gente consegue fazer”, declarou Moro.
Bolsonaro e Dima
Durante os eventos, Moro criticou a política de tributos no Brasil ao falar sobre o preço dos combustíveis e aproveitou para alfinetar tanto o presidente Bolsonaro quanto a ex-presidente Dilma Rousseff.
“O pessoal vive me perguntando sobre combustíveis, e a gente precisa ter uma discussão séria no Brasil em relação a tributos e incidentes, não é só sobre combustível, é sobre energia. Eu vim para cá e o pessoal me disse que o ICMS do Piauí sobre a energia é um dos maiores do país. Indústria, serviço, comércio, economia, se a gente tributar pesadamente energia não vai crescer, isso é insumo, é veia, é energia na veia da economia”, pontuou Sergio Moro.
Nesse momento, o presidenciável disse que eleger Bolsonaro este ano será como eleger Dilma de 2014. “A gente tem que ter uma discussão séria, se for para mudar tem que ser uma mudança permanente porque a gente já viu esse filme, eu tenho dito e mais uma vez não me interpretem mal, não é uma questão pessoal, mas Bolsonaro em 2022 é Dilma 2014, a gente já viu interferência do preço do combustível que quase quebrou a Petrobras, em 2015, pessoal quer que a gente esqueça, mas a Petrobras estava quase falindo, o governo do PT conseguiu pegar uma empresa produtora de petróleo, que na pratica é como se você tivesse uma mina de ouro, e conseguiu quebrar a mina de ouro do Brasil”, argumentou Moro.
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