Os eleitores de diversas cidades do Brasil reclamaram da demora nas filas para votação nas seções eleitorais. A demora foi atribuída à coleta de dados da biometria, que ainda não é obrigatória em todos os municípios. Em Teresina, os eleitores tiveram que enfrentar aproximadamente duas horas de espera para votar e, em alguns locais, a espera chegou a 4 horas. O problema também tem sido visto em outros estados.
Apesar do transtorno, os eleitores que não tinham a biometria cadastrada votaram apenas apresentando um documento, porém, de todo modo, os mesários solicitaram a coleta da digital até mesmo para quem não possuíam registro anterior, o que deixou alguns eleitores confusos, aumentando a espera nas seções eleitorais. Segundo o Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ), além da questão da biometria, outros fatores que influenciaram foi a falta de “cola” para os números dos candidatos, assim como o alto comparecimento de eleitores às urnas.
Justificativas para a demora
Em São Paulo, o diretor-geral do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SP), Claucio Corrêa, afirmou que as filas registradas no primeiro turno das eleições estavam “dentro da programação” da corte eleitoral. “Biometria não é um meio ágil de votar, é um meio seguro de votação”, ressaltou.
No Rio de Janeiro, o juiz auxiliar da vice-presidência e Corregedoria do TRE-RJ, Rudi Baldi expressou que a ideia é aproveitar a concentração de pessoas para validar as digitais dos cidadãos. “A ideia é que todos os dados validados sejam incorporados a seguir no cadastro eleitoral”, disse o magistrado. A validação pode aumentar um pouco o tempo de mobilização do eleitor na seção de votação, por essa razão, o TRE já esperava filas um pouco mais longas neste domingo.
O TRE-RJ explicou ainda que quem não tiver já coletado nem validado os dados biométricos durante a eleição, terá oportunidade de fazê-lo junto à Justiça Eleitoral depois de encerrado o pleito deste ano.
A demora ocorre porque tem sido necessárias diversas tentativas de cadastro, até que os dados sejam reconhecidos pelo sistema. Procurados, o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo, e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ainda não se pronunciaram sobre as ocorrências, e se estão ou não relacionadas à demora na identificação de digitais.
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