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Economia e Negócios

Governo Lula isenta Galípolo de alta na Selic e culpa Campos Neto

Segundo Haddad, a alta nos juros é uma herança deixada pela gestão anterior, de Roberto Campos Neto.

Após o Banco Central elevar a taxa Selic para 14,25% ao ano, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a responsabilidade de controlar a inflação é do BC, que segue metas exigentes para reduzir a inflação. O ministro também comentou que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) irá colaborar no controle de preços. Segundo Haddad, o Banco Central não pode fazer grandes mudanças logo após a troca de cúpula e precisa administrar a herança deixada pela gestão anterior, de Roberto Campos Neto, ex-presidente do BC.

Haddad enfatizou que não seria prudente um "cavalo de pau" na política monetária após a transição de governo. De acordo com o ministro, o novo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, e sua equipe, terão de lidar com os desafios que foram deixados pela gestão passada, e isso inclui a continuidade das decisões sobre a taxa de juros. "Eu tive que administrar uma herança, assim como o presidente do Banco Central", afirmou, aludindo aos desafios econômicos herdados do governo anterior.

Foto: Julia Prado/Ministério da SaúdeFernando Haddad e Gabriel Galípolo
Fernando Haddad e Gabriel Galípolo

O ministro também reforçou a meta do BC de controlar a inflação dentro da meta de 3%, com uma margem de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Haddad reconheceu que a inflação ainda está acima dessa meta, mas ressaltou que o governo e o Banco Central têm trabalhado em conjunto para trazer a inflação para dentro dos parâmetros estabelecidos pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

O Comitê de Política Monetária, em sua última reunião, revisou sua projeção de inflação para o ano de 2023, reduzindo-a ligeiramente de 5,2% para 5,1%, ainda assim muito acima do teto da meta. O BC também revisou suas projeções para o longo prazo, com estimativas de que a inflação alcance 3,9% até o terceiro trimestre de 2026. A principal preocupação, segundo economistas, continua sendo a política fiscal expansionista do governo Lula, que aumenta a pressão sobre os preços.

Mesmo com a pressão sobre a economia, o ministro acredita que o trabalho conjunto entre as equipes econômica e do BC será eficaz na tentativa de reduzir a inflação.

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