O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central deve elevar a taxa Selic para 14,25% ao ano nesta quarta-feira, 19, em mais uma tentativa de conter a inflação, que atingiu 1,31% em fevereiro e acumula 5,06% em 12 meses, ultrapassando o teto da meta de 4,5%.
A alta dos juros é vista como uma resposta à disparada dos preços e ao aumento de gastos. Caso confirmada, a taxa será a maior desde outubro de 2016, período do Governo Dilma Rousseff (PT), quando o Banco Central manteve os juros nesse patamar por mais de um ano.
A decisão do Copom ocorre em um evento conhecido como “superquarta”, que também inclui a definição da política monetária nos Estados Unidos, onde a expectativa é de manutenção da taxa básica entre 4,25% e 4,5% ao ano. No Brasil, embora haja consenso sobre o aumento da Selic nesta reunião, analistas divergem sobre os próximos passos.
Uma pesquisa da Bloomberg com 30 instituições aponta um aumento de 1 ponto percentual, mas a sinalização do Banco Central para as próximas reuniões ainda é incerta. Enquanto alguns economistas acreditam que o Copom reduzirá o ritmo de alta dos juros a partir de maio, outros avaliam que a autoridade monetária manterá flexibilidade para futuras decisões, sem se comprometer com um plano rígido.
A pesquisa Focus, que reúne projeções de analistas, indica uma Selic de 15% ao final do ano. Desde a última reunião, há sinais de que o aperto monetário começa a surtir efeito, com indicativos de desaceleração econômica.
Ver todos os comentários | 0 |