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Economia e Negócios

Preço da gasolina e do diesel tem defasagem superior a 12%

Já o diesel apresenta uma defasagem média de 9%, o que equivale a R$ 0,61 a menos por litro.

A Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) divulgou, na última segunda-feira (6), relatório que aponta uma defasagem significativa no preço da gasolina e do óleo diesel praticados pela Petrobras em relação ao Preço de Paridade Internacional (PPI). De acordo com o documento, o preço da gasolina está 12% abaixo do valor de mercado no comércio exterior, resultando em uma diferença de R$ 0,36 por litro. Já o diesel apresenta uma defasagem média de 9%, o que equivale a R$ 0,61 a menos por litro.

Impacto da defasagem nos preços internos

O relatório da Abicom esclarece que a defasagem nos preços de combustíveis ocorre em um contexto de estabilidade no câmbio e nos preços internacionais, especialmente com o fechamento dos valores de referência da gasolina e do óleo diesel no mercado global. Para a gasolina, a defasagem média é de -12%, enquanto para o diesel é de -16%. A Abicom aponta que essa discrepância é uma consequência do aumento de quase 15% no valor do dólar desde outubro de 2024, o que contribuiu para o desajuste entre os preços internos e internacionais.


Esse cenário tem gerado dificuldades para os importadores de combustíveis, que enfrentam desafios para adquirir o produto a preços competitivos no mercado externo e revendê-lo no Brasil sem comprometer a viabilidade financeira. A defasagem também prejudica as refinarias privadas, que, ao tentar ajustar seus preços aos valores de mercado, encontram-se em uma situação de desequilíbrio concorrencial.

Efeitos no Mercado e na Petrobras

Além da alta defasagem nos preços, o relatório da Abicom também destaca o impacto no mercado de petróleo, com o preço do Brent, referência global, registrando um aumento de aproximadamente 8% no último mês. Esse cenário tem afetado os resultados financeiros da Petrobras, uma vez que a empresa vê seus retornos para os acionistas sendo comprimidos e sua capacidade de reinvestir na operação sendo reduzida.

A defasagem nos preços da gasolina, segundo a Abicom, também prejudica a precificação do etanol, criando um descompasso no mercado de combustíveis e um desafio adicional para as refinarias privadas que buscam ajustar os preços ao valor internacional.

Expectativas para o mercado de combustíveis

O relatório da Abicom levanta preocupações sobre o impacto da defasagem nos preços internos dos combustíveis, especialmente em um cenário de aumento nos custos internacionais, como o petróleo Brent e o câmbio do dólar. A situação pode continuar a pressionar os importadores e as refinarias privadas, enquanto a Petrobras, por sua vez, enfrenta desafios para equilibrar suas operações e atender às expectativas dos acionistas. O impacto no mercado de etanol também pode gerar desequilíbrios no setor, afetando a competitividade das empresas envolvidas na cadeia de combustíveis.

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