As exportações de carne bovina renderam US$ 12,8 bilhões ao Brasil ao longo de 2024, marcando um crescimento de 22% em relação ao ano anterior, conforme reportagem da Revista Oeste. O setor se consolidou como um dos principais responsáveis pela entrada de divisas no país, com desempenho robusto tanto em valor quanto em volume.
O Brasil exportou um volume recorde de 2,9 milhões de toneladas de carne bovina, o que reforça a relevância do setor no comércio exterior. Apesar disso, o valor registrado em 2024 ficou ligeiramente abaixo do recorde histórico de US$ 12,9 bilhões de 2023, quando o preço médio por tonelada era superior, cerca de US$ 5,7 mil, contra os US$ 4,4 mil deste ano.
Principais produtos e mercados
As exportações brasileiras de carne bovina englobam seis tipos de produtos: carne salgada, gorduras, tripas, miúdos, industrializados e in natura. Este último foi o destaque absoluto, representando 90% do faturamento do setor com o mercado externo.
Entre os produtos, o segmento de maior valor foi o de carne industrializada, vendido a uma média de US$ 6,9 mil por tonelada. Já o item menos valorizado foi a gordura, cotada a US$ 1,6 mil por tonelada.
A China permaneceu como o principal destino da carne bovina brasileira, responsável por quase metade (48%) das exportações. Os Estados Unidos ficaram em segundo lugar, com 10%, seguidos por Emirados Árabes Unidos (4,7%), União Europeia (4,6%) e Chile (4,1%).
Força do setor
Os números de 2024 refletem a importância estratégica do setor de carne bovina para o comércio exterior brasileiro. Além de consolidar mercados tradicionais como a China, o desempenho reforça a competitividade do Brasil no cenário global.
Especialistas apontam que, apesar da redução no preço médio por tonelada em relação ao ano anterior, o aumento no volume exportado compensou a diferença e manteve o setor em alta. O resultado sólido indica que o Brasil segue como líder mundial na exportação de carne bovina, mesmo diante de desafios econômicos globais e mudanças no cenário de preços.
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