As enchentes no Rio Grande do Sul causaram um prejuízo estimado de R$ 3,32 bilhões em maio, com perdas diárias de receitas na ordem de R$ 123 milhões, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A infraestrutura e o abastecimento dos estabelecimentos comerciais também foram afetados, com uma queda abrupta de 28% no fluxo de veículos de carga nas estradas do estado, de acordo com dados preliminares da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
A CNC descreveu o impacto das enchentes como devastador, resultando em perdas humanas, financeiras e na infraestrutura vital para o funcionamento do comércio. O Rio Grande do Sul é a quinta unidade da federação em termos de movimentação financeira anual.
Em 2023, o comércio gaúcho movimentou R$ 203,3 bilhões, representando 7% do total do volume de vendas no varejo brasileiro. A CNC prevê que as perdas impostas pela tragédia climática deverão trazer o volume de vendas local ao nível observado no primeiro semestre de 2021, prejudicando a recuperação econômica da região.
Enquanto isso, o restante do Brasil mostrava sinais de recuperação no comércio varejista até o início do segundo trimestre. Segundo a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o volume de vendas no comércio varejista brasileiro cresceu 0,9% em abril. Este é o quarto avanço mensal consecutivo no ano, algo que não acontecia desde 2012.
A redução das taxas de juros, que recuaram para 52,95% ao ano em abril de 2024, tem ajudado a aliviar o orçamento familiar. Com a taxa de desocupação no menor nível em 10 anos, a continuação da recuperação do varejo dependerá da trajetória dos juros e da inflação. Assim, a CNC mantém a expectativa de crescimento do volume de vendas em 2,1% para este ano.
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