A dívida da empresa Gol com o Governo Federal chega a US$ 174 milhões (R$ 860 milhões) e é referente a impostos e contribuições sobre a folha de pagamento de funcionários da companhia aérea.
O valor compreende o imposto de renda e os pagamentos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e da Previdência Social, que eram descontados das remunerações pagas aos colaboradores, mas sem o devido repasse aos cofres públicos.
Segundo a Gol informou no processo judicial, ela é “obrigada por lei a reter dos salários e vencimentos dos funcionários determinandos montantes relacionados com impostos sobre o rendimento, impostos sobre a segurança social e outros impostos, e a remeter os mesmos às autoridades fiscais apropriadas”.
Reestruturação das obrigações financeiras
Com dívidas de aproximadamente R$ 20 bilhões, a Gol apresentou um pedido de recuperação judicial à justiça dos Estados Unidos na quinta-feira (25). O Tribunal de Falências de Nova York acatou o processo no dia seguinte.
A empresa deve agora ter acesso a financiamento de US$ 950 milhões, o que corresponde a R$ 4,7 bilhões, para sanar suas dívidas.
Em nota, a Gol disse que “utilizará esse processo para reestruturar suas obrigações financeiras de curto prazo e fortalecer sua estrutura de capital para ter sustentabilidade no longo prazo”.
A aérea também assegurou que as operações seguirão normalmente durante o processo de reestruturação financeira.
“Os voos de passageiros da GOL, os voos de carga da GOLLOG, o programa de fidelidade Smiles e outras operações da Companhia continuam normalmente”, ressaltou a empresa.
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