A Argentina superou o Líbano e a Venezuela e se tornou o país com a maior inflação do mundo em 2023, com uma taxa anual de 211%. O presidente Javier Milei, que assumiu o cargo há um mês, promete medidas de austeridade para combater a crise econômica, mas enfrenta resistência e desconfiança.
O país vizinho divulgou os dados da inflação no último dia 11 de janeiro, revelando que o índice de preços ao consumidor subiu 211,1% no ano passado, o nível mais alto desde o início da década de 1990, quando o país sofria com a hiperinflação. Os preços dos alimentos foram os que mais aumentaram, com uma alta de 246,8%.
Na última segunda-feira (22), o Líbano anunciou que fechou 2023 com uma inflação de 192,3%, quase 20 pontos percentuais abaixo da Argentina, segundo o banco Credit Libanais. O país do Oriente Médio enfrenta uma grave crise política e social, com protestos, escassez de alimentos e combustíveis, e uma desvalorização da moeda local.
A Venezuela, que por muito tempo liderou o ranking da inflação mundial, ficou em terceiro lugar, com uma taxa de 189,8%, de acordo com o Banco Central venezuelano. O país governado por Nicolás Maduro vive uma situação de colapso econômico, com hiperinflação, recessão, sanções internacionais e uma forte migração de seus cidadãos.
Milei, que está no poder há apenas um mês, alertou que a recuperação econômica levará tempo e que as coisas podem piorar antes de melhorar. Ele pediu paciência e confiança aos argentinos, que estão cada vez mais insatisfeitos com a situação do país. Segundo dados oficiais, 40,4% da população vive na pobreza e 10,5% na extrema pobreza.
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