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Economia e Negócios

Credores pedem falência das lojas Marisa por dívidas de R$ 875 mil

Caso as lojas Marisa não paguem as dívidas a empresa poderá entrar com uma recuperação judicial.

A rede varejista de moda Marisa enfrenta dois pedidos de falência solicitados por credores devido a dívidas em aberto, totalizando R$ 875 mil. A primeira ação foi requerida pela MGM Comércio de Acessórios de Modas, no valor de R$ 360 mil, e tramita desde 3 de maio na 3ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo. A segunda ação, da fabricante de calçados Oneflip, refere-se a uma dívida de R$ 345 mil e foi feita neste mês na 2ª Vara de Falências. Existe ainda um terceiro caso, aberto desde abril, da Plasútil, referente a um valor de R$ 170 mil.

A Marisa deverá dar uma resposta às solicitações em até dez dias e poderá depositar integralmente os valores devidos para evitar a falência. Caso contrário, a empresa poderá entrar com uma recuperação judicial. Atualmente, a companhia negocia uma dívida de R$ 600 milhões com bancos, em fase avançada de renegociação.


O presidente da Marisa, João Pinheiro Nogueira Batista, declarou ao jornal Valor Econômico que os pedidos de falência são referentes a valores "muito pequenos" e que são montantes que restaram no processo de negociação com fornecedores e bancos. Ele afirmou que a empresa tentou acordos, mas não houve interesse dos credores em negociar, o que levou aos pedidos de falência.

A situação de endividamento da Marisa não é recente. Em setembro de 2020, a companhia entrou com um pedido de recuperação judicial, que foi homologado pela Justiça em janeiro deste ano. A empresa, que tem mais de 400 lojas espalhadas pelo país, tem enfrentado dificuldades no mercado de moda, especialmente devido à pandemia da Covid-19, que afetou o consumo e as vendas.

Apesar das dificuldades, a Marisa tem buscado se reinventar e ampliar sua atuação no mercado digital. Em março deste ano, a empresa lançou sua própria plataforma de marketplace, que reúne produtos de outras marcas, além de itens da própria rede varejista. A expectativa é de que a iniciativa ajude a impulsionar as vendas e a recuperação financeira da empresa.

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