A produção industrial brasileira cresceu 0,4% em agosto, após cair 0,6% em julho, segundo dados divulgados pelo IBGE nesta terça-feira (3). O resultado ficou abaixo das expectativas do mercado, que esperava uma alta de 0,5%. Na comparação com agosto de 2022, a produção avançou 0,5%, interrompendo uma sequência de dois meses de queda.
O aumento da produção industrial foi puxado por três das quatro grandes categorias econômicas e 18 dos 25 ramos industriais pesquisados pelo IBGE. Os destaques foram os setores de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (18,6%), veículos automotores, reboques e carrocerias (5,2%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (16,6%).
O setor farmacêutico acumulou um ganho de 29,6% nos últimos dois meses, impulsionado pela demanda por medicamentos e vacinas relacionados à pandemia de covid-19. Já o setor automotivo se recuperou da queda de 3,9% registrada em julho, beneficiado pela melhora na oferta de insumos e componentes. O setor de equipamentos eletrônicos também reverteu o recuo de 7,9% do mês anterior, refletindo o aumento das vendas no mercado interno e externo.
Por outro lado, o setor de indústrias extrativas teve o principal impacto negativo na produção industrial, com queda de 2,7% em agosto. O setor ampliou a retração de 1,6% observada em julho, afetado pela redução na extração de minério de ferro e petróleo. A indústria extrativa acumula uma perda de 4,2% nos últimos dois meses.
Com os dados de agosto, a indústria brasileira acumula no ano uma queda de 0,3% frente ao mesmo período de 2022. Nos últimos 12 meses, o resultado é uma variação negativa de 0,1%, após registrar variação nula nos meses anteriores. Segundo o IBGE, a indústria ainda opera 13% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011.
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