O preço do petróleo iniciou em alta no mercado internacional nesta sexta-feira (13), devido ao agravamento do conflito entre Israel e o Hamas. O barril do tipo Brent, referência global, atingiu US$ 89,96 (R$ 454,41), um aumento de 4,6%. O mercado teme que o conflito se espalhe pelo Oriente Médio, lar de alguns dos maiores produtores de petróleo do mundo, como a Arábia Saudita e o Irã.
Desde o início da guerra, com os ataques do Hamas a Israel, o petróleo Brent acumulou uma valorização de 6,3%. Em 6 de outubro, a cotação estava em US$ 84,58. O petróleo tipo WTI (West Texas Intermediate), referência no mercado dos Estados Unidos, também subiu 4,6% por volta das 10 horas desta sexta-feira (13), a US$ 86,6 o barril.
Há um temor crescente de que o Irã entre na guerra. Além de um arsenal militar robusto, um envolvimento do país teria impactos econômicos globais, especialmente por causa da maior vantagem geopolítica do país: o controle do estreito de Ormuz, por onde passa 30% do petróleo global.
Segundo projeção do CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura), se o estreito de Ormuz for fechado, o preço do barril pode disparar para até US$ 110. O estreito é a única ligação do golfo Pérsico com o mar Arábico e também é importante para o transporte de GNL (Gás Natural Liquefeito) do Qatar.
No Brasil, a Petrobras anunciou em maio uma nova política para determinar os preços dos combustíveis. No entanto, a cotação do petróleo continua sendo observada. De acordo com a Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis), há uma defasagem dos preços praticados atualmente pela estatal em relação ao mercado internacional, que pode aumentar se o barril continuar em ascensão.
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