Os contratos futuros de petróleo despencaram nesta terça-feira, 5, penalizados pelo crescente risco de que as principais economias do planeta entrem em recessão. A forte valorização do dólar no exterior impôs adicional pressão às cotações.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do petróleo WTI com entrega prevista para agosto fechou em queda de ou 8,23%, a US$ 99,50. Já o do Brent para o mês seguinte encerrou com perda de 9,45%, a US$ 102,77, na Intercontinental Exchange (ICE).
Em relatório, o Banco da Inglaterra (BoE) avaliou que as perspectiva se "deterioraram materialmente" no mundo, após a guerra entre Rússia e Ucrânia alimentar as pressões inflacionárias.
Os indicadores econômicos exibem sinais divergentes sobre o quadro geral, mas mesmo os dados positivos não convencem os agentes do mercado de que um horizonte difícil será evitado.
Diante disso, o Citi acredita que o Brent poderia cair a US$ 65 até o fim deste ano e a US$ 45 no final de 2023, caso uma recessão se materialize e prejudique a demanda.
Para o banco, um quadro de alta no desemprego e de falências de empresas e famílias levaria a uma queda na procura por commodities, com consequente recuo nos preços. "Sempre que ocorreu uma recessão, tanto o crescimento da demanda quanto os preços foram atingidos", destaca o banco.
As incertezas acabaram se sobrepondo aos riscos de oferta na sessão de hoje. A Equinor, da Noruega, fechou temporariamente três campos de petróleo e gás onde trabalhadores entraram em greve, em desdobramento que intensifica os problemas regionais de abastecimento.
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