A Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) revisou, na manhã desta sexta-feira, suas projeções para as exportações e importações do País em 2022. A entidade projeta um superávit de US$ 54,126 bilhões para a balança comercial brasileira este ano, uma queda de 11,6% com relação a 2021.
A previsão anterior, feita tradicionalmente em dezembro, apontava recuo maior, de 39,7%, para o saldo da balança comercial. Houve, portanto, melhora considerável na expectativa, revista hoje.
Em nota, a AEB informou que a mudança se deve à forte elevação nas cotações das commodities, com destaque para petróleo em bruto, soja em grão, milho, café e óleos combustíveis.
Segundo a AEB, para 2022, são projetadas exportações de US$ 319,471 bilhões, elevação de 13,8% em relação ao montante de US$ 280,633 bilhões apurado em 2021.
Com relação a produtos exportados, ficam no campo positivo o setor agropecuário, com alta estimada de 20,9%, para US$ 66,7 bilhões, ante o resultado do ano passado, e a indústria de transformação, com crescimento previsto de 23,6%, para US$ 178,1 bilhões, na mesma comparação.
Antes a AEB previa recuo de 1,3% para a indústria de transformação. Permanece no campo negativo a indústria extrativa, com queda esperada nas exportações de 8,4%, para US$ 73,1 bilhões, na comparação com 2021.Antes a AEB previa uma queda de 26,9% para este setor.
Já para as importações estão previstas em US$ 265,345 bilhões, aumento de 21% em relação aos US$ 219,409 bilhões alcançados em 2021, informou a AEB. A entidade também aumentou a projeção de aumento nas importações, antes de somente 4,5%. Agora, produtos agropecuários importados têm alta prevista de 8,4%, para US$ 5,8 bilhões, enquanto os importados da indústria extrativa sobem 78,8%, para US$ 23,2 bilhões e, a da indústria de transformação, avançam 18,6%, para US$ 234 bilhões.
“À exceção do minério de ferro, carne suína e celulose, todas as demais principais commodities exportadas pelo Brasil tiveram aumento de preços em 2022, cenário que contribuirá para o crescimento de 13,8% das exportações e para a manutenção de superávit comercial pouco abaixo do obtido em 2021, mesmo com as importações projetando sólido crescimento de 21%, concentradas na indústria extrativa e de transformação”, informou em nota a AEB.
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