Fechar
GP1

Economia e Negócios

Usuários do Pix cadastrados chegam a 51 milhões em março de 2022

Segundo a Pesquisa de Tecnologia Bancária, realizada pela Febraban e Deloitte, alta foi de 72% em um ano.

O número de usuários com chaves Pix cadastradas teve um salto de 72% entre março de 2021 e o mesmo mês deste ano, de acordo com o 3º volume da Pesquisa de Tecnologia Bancária, realizada pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e pela Deloitte. Eram, ao todo, 51 milhões de usuários no final do primeiro trimestre deste ano.

O diretor do comitê de inovação e tecnologia da Febraban, Rodrigo Mulinari, destacou, em coletiva de imprensa, que o número de usuários tem crescido junto com a utilização do sistema de pagamentos instantâneos por cada um deles. Em 2021, 2% dos usuários haviam recebido mais de 30 Pix. Um ano depois, a proporção subiu para 6%, mesmo com uma base maior.


“Tem um crescimento muito expressivo, primeiro da quantidade de usuários cadastrados”, disse Mulinari.

Houve maior crescimento entre pessoas físicas do que entre as empresas, de acordo com a pesquisa. O sócio-líder da Deloitte para a indústria de serviços financeiros, Sérgio Biagini, afirmou que essas curvas tendem a se inverter a partir do ano que vem.

“As empresas não estavam ainda prontas para processar o Pix em seus ERPs, seus sistemas financeiros”, comentou ele. “Há essa expectativa de que no próximo ano o PJ, no lado do recebimento, ultrapasse o PF.”

7 em cada 10 transações bancárias são feitas pelo digital

Os canais digitais ganharam ainda mais importância nas transações bancárias feitas pelos brasileiros, em especial as que envolvem movimentação financeira. Hoje, sete em cada dez transações bancárias no Brasil são feitas através do digital, segundo a pesquisa.

A maior parte das transações feitas pelos clientes do setor já partem de dispositivos móveis. “Em 2021, o mobile sozinho representou 51% das transações bancárias”, disse Mulinari. Ele destacou que o Pix teve forte contribuição para este avanço.

De acordo com ele, uma das conclusões da pesquisa é de que o brasileiro está fazendo mais movimentações financeiras através da internet, ao invés de simplesmente utilizá-la para consultas.

De 2020 para 2021, a fatia das transações feitas no mobile que envolveram alguma movimentação financeira saiu de 18% para 24%. No internet banking, ficou estável, em 38%.

Considerados todos os canais, as transações registradas pelas instituições financeiras subiram 15%, para 119,5 bilhões. O mobile cresceu 28%, e foi a alavanca de crescimento do número de operações.

Transações de pagamento no mobile

No ano passado, marcado pela consolidação do Pix como meio de pagamento, houve uma migração de transações de pagamento das agências para os canais digitais. No mobile, houve um acréscimo de 72% em transações de pagamento em 2021.

Na ponta inversa, as transações de pagamentos feitas em agências e postos de atendimento dos bancos caíram 20% entre um ano e outro. Em outros tipos de transação, como as contratações e as consultas, as variações foram diferentes, com queda de 12% e alta de 1%, respectivamente.

Além disso, 93% das transações de crédito já são feitas através do digital. Entretanto, nos seguros, 80% das contratações são feitas através das agências, e apenas 14% em canais digitais, o que inclui mobile e internet banking.

Abertura de contas nos canais digitais

Os brasileiros já abrem mais contas bancárias através de canais online do que pelos meios físicos. No ano passado, foram 10,8 milhões de contas abertas no digital, e 9,9 milhões, pelos meios físicos. Foi a primeira vez que isso aconteceu.

Em relação a 2020, houve um crescimento de 66% na abertura de contas através do online, enquanto a abertura em canais físicos cresceu 16%. Além de fintechs, os bancos tradicionais também abrem contas pelo digital - alguns deles pelo WhatsApp, inclusive.

Mais conteúdo sobre:

Ver todos os comentários   | 0 |

Facebook
 
© 2007-2024 GP1 - Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do GP1.