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Economia e Negócios

Leites e derivados sobem 4,4% por menor oferta e mais custos de produção

Os dados fazem parte do "Boletim do Leite", do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada.

A alta de preços que os consumidores sentem ao comprar leite e derivados nos supermercados já vem do campo. O preço pago ao produtor acumula valorização real - ou seja, descontada a inflação - de 14,5%. Na variação mensal de maio em relação a abril, a alta foi de 4,4%.

Os dados fazem parte do "Boletim do Leite", do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Esalq/USP).


O avanço dos preços é explicado pela menor oferta de leite, já que, além de o período da entressafra acontecer entre o outono e o inverno, os produtores ainda enfrentam os impactos causados pelo La Niña, do fim do ano passado, na alimentação dos animais.

O La Niña é o resfriamento das águas do Oceano Pacífico em pelo menos 0,5ºC. Em geral, o fenômeno provoca o aumento das chuvas no Norte e no Nordeste e secas na Região Sul, com comportamento imprevisível para o Sudeste.

Além disso, outros insumos também ficaram mais caros. É o caso de combustíveis, medicamentos e suplementação mineral.

Segundo a pesquisa, os preços dos derivados lácteos apresentavam queda até meados de maio por causa da demanda enfraquecida de consumidores. Mas, com os estoques já baixos e a subsequente valorização do leite negociado entre indústrias, os preços voltaram a subir a partir da segunda metade de maio.

"Assim, os preços médios mensais do leite UHT e do queijo mussarela recebidos pelas indústrias em negociações com os canais de distribuição do Estado de São Paulo subiram 2,32% e 1,3%, respectivamente, em relação aos de abril, passando para R$ 4,43/litro e R$ 30,99/kg", diz o boletim. Em relação ao mesmo período do ano passado, as valorizações foram de 21,76% para o UHT e de 13,89% para a mussarela.

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