Os servidores do Banco Central retomam nesta terça-feira, 3, uma greve por tempo indeterminado, em tentativa de avançar nas negociações com a diretoria da autarquia e com o governo. A categoria já havia ficado em suspensão no período entre 20 de abril e 2 de maio.
Segundo o presidente do Sindicato Nacional de Funcionários do BC (Sinal), Fábio Faiad, os servidores decidiram retomar a greve porque, desde o início da trégua dada pela categoria, não houve a reunião com o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, que o presidente do BC, Roberto Campos Neto, havia prometido.
Tampouco houve, segundo Faiad, resposta ao pedido dos servidores nem outra proposta do governo, além do reajuste de 5% indicado pelo Planalto, que, segundo ele, é insuficiente.
Os funcionários do BC pedem recomposição salarial de 27%, além de outras ações de reestruturação de carreira, como a exigência de nível superior para concurso de técnico e a mudança do nome do cargo de analista para auditor. Um analista do BC ganha em média R$ 26,3 mil mensais.
Faiad afirmou que a retomada do movimento grevista deve seguir as mesmas características da primeira fase, iniciada em 1º de abril. Mas disse que o Comitê de Política Monetária (Copom) de maio, que ocorre na semana que vem, não deve ser afetado, uma vez que o Boletim Focus já foi atualizado.
Na primeira fase da greve, os boletins e as divulgações estatísticas do BC foram interrompidas e houve atraso na publicação da ptax diária. O Pix foi mantido, com o monitoramento e a manutenção em esquema de contingência, assim como o Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB).
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