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Economia e Negócios

Crise enfrentada na Argentina já é comparável à da Venezuela

Em março deste ano, o índice de inflação no país foi de 6,7%, o segundo mais alto do mundo.

A gestão de Alberto Fernández à frente da presidência da Argentina vem registrado números negativos. Levantamento divulgado nesta quarta-feira (11) pela revista Veja indica que em março deste ano, o índice de inflação no país foi de 6,7%, o segundo mais alto do mundo, ficando atrás apenas da Rússia (7,6%). Especialistas afirmam que a Argentina está próxima de assumir o lugar da Venezuela, no que diz respeito a pior performance entre os países da América Latina.

Já no mês de abril, os juros foram os grandes vilões: o Banco Central da Argentina promoveu um aumento pela quarta vez e a taxa anual chegou a 47%, batendo um recorde.


As perspectivas não são animadoras. A inflação anual chegou a 55,1% e cálculos do mercado indicam que, ao fim do 16º ano consecutivo com taxa na casa dos dois dígitos, a inflação deve disparar para 65%, o maior índice desde 1991. Somente no acumulado do primeiro trimestre deste ano, os gastos com educação subiram 27,9%.

Ainda segundo a Veja, o Instituto para o Desenvolvimento Social da Argentina (Idesa) calcula que, dos 46 milhões de argentinos, 40% se enquadram na classe média, mas apenas metade desse número se encontra na chamada “classe média acomodada”. Os demais ficam na “classe média frágil”.

“A classe média argentina vive pior do que a do Brasil, do Chile e do Uruguai”, afirmou o economista Jorge Colina, presidente do Idesa, em entrevista à revista.

Preços de veículos

Dados da Associação de Concessionárias, indicam que na Argentina o carro zero-quilômetro mais barato em abril era o Fiat Mobi, a 2. 260, 500 pesos (equivalente a R$ 95 mil) na versão básica. O valor está 75% mais caro do que há um ano.

Venezuela

A situação na Argentina pode se tornar pior do que na Venezuela. No país de Nicolás Maduro, a inflação no primeiro trimestre não passou de 11%, e a projeção para o ano formulada pelo Credit Suisse baixou de 150% para 70%.

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