O presidente Jair Bolsonaro disse nesta sexta-feira que pode rever as regras do teto de gastos após as eleições. Em entrevista a uma rádio de Mato Grosso, o chefe do Executivo falou sobre a norma fiscal.
"No ano passado, nós tivemos um excesso de arrecadação, de arrecadação a mais, na casa dos R$ 300 bilhões. Você não pode usar um centavo disso na infraestrutura, dada a emenda constitucional do teto lá atrás”, afirmou o presidente.
“Isso daí muita gente discute que tem que ser alterado alguma coisa, a gente vai deixar para o futuro, depois das eleições, discutir essa questão. Poderíamos investir mais, se não tivéssemos esse impedimento constitucional”, acrescentou Bolsonaro.
Aprovado em 2016 durante a gestão do ex-presidente Michel Temer, o teto de gastos limita o crescimento das despesas à inflação e, na época de sua criação, foi considerado a principal âncora fiscal do País. Com a regra, investidores voltaram a crer na sustentabilidade das contas públicas.
Além de Bolsonaro, os outros dois principais pré-candidatos à presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Ciro Gomes (PDT) também defendem a alteração da regra.
Ver todos os comentários | 0 |