Pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) aponta que sete em cada dez trabalhadores atuando por conta própria, com ou sem CNPJ, gostariam de mudar de emprego para uma vaga que oferecesse vínculo empregatício.
Os números foram sondados pela Sondagem do Mercado de Trabalho, e mostra que a proporção ainda é maior quando considerados todos os trabalhadores informais, aqueles que não possuem nenhum registro oficial, incluindo os trabalhadores sem carteira assinada no setor privada, empregadores e trabalhadores por conta própria sem CNPJ. Sendo avaliado esses casos, 87,7% afirmaram que gostariam de se formalizar, seja com carteira assinada ou através de registro.
O coordenador responsável pela pesquisa do Ibre/FGV, Rodolpho Tobler, falou sobre a relação do trabalho, “é mais gente trabalhando por necessidade (nesse tipo de ocupação) do que por uma vontade própria”, disse.
A coleta de informações foi realizada entre os meses de agosto e outubro de 2022 e nesse período, o número de trabalhadores atuando na informalidade no Brasil foi apontado como 38,964 milhões. O número está abaixo do pico registrado no trimestre anterior, já que a pesquisa tem divulgação trimestral.
Os trabalhadores ouvidos pelo Ibre/FGV afirmam que o desejo de formalização era maior entre os que recebiam menores rendimentos: 89,5% dos informais com renda mensal até dois salários mínimos preferiam ir para um trabalho com carteira assinada ou CNPJ e 75,8% entre os que ganhavam mais de dois salários.
O estudo também identificou que 69,6% preferiam mudança e os principais motivos apontam: desejo de ter rendimentos fixos (33,1%), acesso aos benefícios que as empresas costumam dar (31,4%) e 5,1% outros fatores.
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