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Economia e Negócios

Prévia do PIB do Banco Central sobe 1,14% no mês de julho

No segundo trimestre, o indicador apontou para relativa estabilidade, depois da alta de 1,63%.

Em meio à pandemia de covid-19, a atividade econômica brasileira voltou a avançar. O Banco Central informou nesta sexta-feira, 13, que seu Índice de Atividade (IBC-Br) subiu 1,14% em junho ante maio, na série já livre de influências sazonais, uma espécie de compensação feita para comparar períodos diferentes. Em maio, o indicador teve retração de 0,55% (dado revisado).

Conhecido como uma “prévia do BC para o PIB”, o IBC-Br serve como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses. Depois de despencar em março e abril do ano passado, durante a primeira onda de covid-19, o indicador passou a reagir, até que a segunda onda da doença provocasse, no início de 2021, novos fechamentos de empresas. Em março, a atividade econômica recuou, mas em abril ela voltou a avançar. Em maio houve novo recuo e, em junho, o indicador voltou a subir.


De maio para junho de 2021, o índice de atividade calculado pelo BC passou de 138,99 pontos para 140,58 pontos na série dessazonalizada. Esse é o maior patamar para o IBC-Br desde fevereiro de 2021 (141,31 pontos).

A alta ficou dentro do intervalo projetado pelos analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast, que esperavam resultado entre zero e 2,10%. A maioria das estimativas era de alta de 0,50%.

Na comparação entre os meses de junho de 2021 e junho de 2020, houve alta de 9,07% na série sem ajustes sazonais. Esse resultado ficou dentro do intervalo previsto no Projeções Broadcast - os analistas ouvidos esperavam um avanço entre 8,00% e 11,20%.

No segundo trimestre, o indicador apontou para relativa estabilidade (alta de 0,12%) na comparação com os três primeiros meses do anos.

“A conjuntura tem duas forças. Serviços ainda com um espaço para recuperação muito grande, que deve ser compensada, em parte, por uma estabilidade na produção industrial”, diz o economista-chefe do Banco Alfa, Luis Otavio de Souza Leal. “A parte de automóveis tem segurado a indústria no mundo inteiro, tudo em decorrência desse problema nas cadeias de semicondutores”, afirma. O banco estima alta de 0,20% do PIB no segundo trimestre. Ele afirma que estima alta de 5% para a economia neste ano, mas o número pode ser menor por causa do risco hídrico. " Acho que vamos ter problemas de fornecimento de energia. Talvez não um racionamento oficial, mas um crescente risco de apagão”, alerta o economista.

No primeiro semestre, o IBC-Br acumula alta de 7,01%, na série sem ajustes sazonais. Em 12 meses, o avanço é de 2,33%.

A projeção atual do BC para a atividade doméstica em 2021 é de alta de 4,6%. No Relatório de Mercado Focus divulgado pelo BC na última segunda-feira, 9, a projeção é de alta de 5,30% para o PIB em 2021. O Focus reúne as estimativas dos economistas do mercado financeiro.

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