O presidente Jair Bolsonaro afirmou que o governo pretende utilizar R$ 15 bilhões destinados a subsídios para zerar a cobrança de tributos federais (PIS e Cofins) sobre o diesel ainda este ano. Ele disse ter conversado com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e com o secretário da Receita, José Barroso Tostes Neto, sobre o tema.
"Vamos pegar esses R$ 15 bilhões e abater nos R$ 19 bilhões que arrecadamos de PIS e Cofins", disse. "O que geralmente é feito com esse dinheiro? Vai para o Tesouro. Quando vai para o Tesouro, não vai para nós porque tem o teto de gastos, então é dinheiro que vai para abater dívidas", afirmou o presidente à Rádio Jovem Pan Maringá, na manhã desta quinta-feira, 12.
Ele voltou a dizer que pretende zerar o imposto federal do diesel para o ano que vem, como parte dos acenos aos caminhoneiros que vem fazendo para contornar a insatisfação com o aumento do preço dos combustíveis. Em conversa com representantes da categoria no último dia 6, no Palácio do Planalto, Bolsonaro disse reconhecer que o preço do combustível está alto: "Temos que buscar maneiras de reduzir o máximo possível", disse.
"Eu não gosto de falar em promessas, mas eu gostaria de zerar o imposto federal do diesel a partir do ano que vem. Não posso garantir que será feito, digo, não é uma promessa, é um estudo", afirmou à época.
Bolsonaro pontuou que, apesar de ter zerado o imposto do gás de cozinha, o ICMS, que é decidido por dirigentes estaduais, continua a encarecer o produto, e sugeriu a seus apoiadores que cobrem seus prefeitos e governadores sobre o tema. "Não quero responsabilizar ninguém, eu quero mostrar a verdade", disse.
A Petrobras é responsável por 99% do fornecimento do gás de cozinha no País – tanto produção quanto importação. E, na composiçao do preço do botijão, a margem da estatal é a maior.
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