Com a segunda onda da pandemia de covid-19, a atividade econômica brasileira voltou a recuar. O Banco Central informou nesta quarta-feira, 14, que seu Índice de Atividade (IBC-Br) caiu 0,43% em maio ante abril, na série já livre de influências sazonais (uma ponderação feita para comparar meses diferentes).
Os efeitos da pandemia sobre a economia se intensificaram em todo o mundo a partir de março. Para conter o número de mortos, o Brasil adotou o isolamento social em boa parte do território, o que prejudicou a atividade econômica, principalmente em março e abril de 2020.
Após este período, o IBC-Br passou a reagir, até que a segunda onda provocasse, no início de 2021, novos fechamentos de empresas e obrigasse as autoridades a intensificar medidas de isolamento social. Em março deste ano, a atividade econômica recuou, mas em abril voltou a avançar (0,85% no dado revisado). Agora, em maio, houve nova retração.
De abril para maio de 2021, o índice de atividade calculado pelo BC passou de 139,71 pontos para 139,11 pontos na série dessazonalizada.
A baixa do IBC-Br ficou dentro do intervalo projetado pelos analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast, que esperavam resultado entre queda de 0,80% e avanço de 1,65%. No entanto, o resultado bem distante da maioria das projeções, que era de alta de 1,05%.
Na comparação entre os meses de maio de 2021 e maio de 2020, houve alta de 14,21% na série sem ajustes sazonais. Essa série terminou com o IBC-Br em 136,80 pontos em maio.
Conhecido como uma espécie de “prévia do BC" para o Produto Interno Bruto (PIB), o IBC-Br serve como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses. A projeção atual do BC para a atividade doméstica em 2021 é de alta de 4,6%.
No Relatório de Mercado Focus divulgado pelo BC na última segunda-feira, 12, a projeção é de alta de 5,26% para o PIB em 2021. O Focus reúne as estimativas dos economistas do mercado financeiro.
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