A Volkswagen confirmou nesta sexta-feira, 11, que terá de paralisar a produção nas fábricas de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, e de São Carlos, no interior de São Paulo, por causa da falta de semicondutores. A paralisação começa no dia 21 e se estenderá por dez dias. As unidades de Taubaté (SP) e São José dos Pinhais (PR) estão paradas desde segunda-feira, 7, e o retorno estava previsto para o dia 21, mas, no caso da planta paranaense, a parada será estendida também até 1º de julho.
A empresa alega que a escassez de semicondutores está levando a vários gargalos de fornecimento em muitas indústrias globalmente e que o Grupo Volkswagen está sendo afetado em vários países, incluindo o Brasil, onde tem três fábricas de automóveis e uma de motores (em São Carlos).
O grupo informa ainda que “novas paralisações não estão descartadas futuramente caso o cenário global de fornecimento de semicondutores permaneça crítico, impactando diretamente as atividades de produção da empresa no Brasil”.
Também no dia 21, a General Motors vai suspender a produção da planta de São Caetano do Sul (SP) por seis semanas devido à falta de componentes, mas também para adequar a linha de montagem para o início da produção de uma nova picape. A unidade de Gravataí (RS) está sem produzir desde abril e o retorno está previsto somente para meados de agosto.
Na Honda, as fábricas de Sumaré e Itirapina, ambas no interior de São Paulo, estão paradas desde quarta-feira e devem retomar atividades na segunda-feira. A Hyundai suspendeu o terceiro turno de trabalho na fábrica de Piracicaba (SP) e a Renault, também de São José dos Pinhais, teve a produção interrompida por três dias nas últimas duas semanas. Outra montadora que deve suspender a produção por cinco dias ainda este mês é a Nissan.
No início da semana, o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Carlos Moraes, afirmou que as previsões de especialistas e fornecedores apontam para uma normalização no fornecimento do insumo somente em 2022. Segundo ele, a tendência é que novas interrupções limitem a produção das montadoras no segundo semestre.
O setor automotivo estima uma perda de 3% a 5% da produção global de veículos neste ano.
Ver todos os comentários | 0 |