Gil do Vigor é da Vigor, da Bis, e, agora, do Santander. O ex-participante do Big Brother Brasil 21 está aproveitando as semanas após o programa para alinhar uma agenda cheia de campanhas publicitárias – segundo ele, a fim de ganhar um “dinheirinho” e poder fazer o PhD que deve iniciar nos EUA a partir do mês de setembro. “Eu não tinha esse talento de como lidar com publicidade, com internet, com mídia, mas gosto muito de desafio”, disse ele ao Estadão.
Apesar de o foco estar na carreira acadêmica, o pernambucano não quis deixar passar as oportunidades com marcas. Segundo o ex-BBB, ele e sua equipe selecionam empresas que conversem com as bandeiras como representatividade, educação e respeito às causas LGBTQIA+, de gênero e raça. “Marcas que abracem uma população mais humilde, que tenham projetos sociais, que foquem em educação. Não quero ter 30, 50 marcas fechadas comigo. Quero, de fato, fazer parte de projetos que tenham alguma relevância.”
No caso do Santander, a ideia é que ele se torne uma espécie de embaixador da marca. Para quem conseguiu explicar inflação e impressão de dinheiro de maneira muito didática durante uma conversa no BBB 21, não vai ser difícil falar sobre open banking. Na primeira campanha com o banco, Gil do Vigor vai falar a respeito do novo sistema, iniciado em fevereiro aqui no Brasil, que permitirá que instituições financeiras se conectem diretamente às plataformas da concorrência. Com isso, poderão fazer ofertas para clientes dos rivais, oferecendo condições mais vantajosas.
Sem dar mais detalhes, o vínculo com o Santander ainda vai durar e vai envolver o economista explicando outros temas relacionados ao sistema financeiro. Segundo Igor Puga, diretor de marketing do banco, Gil tem uma luta em comum com o Santander: a diversidade. “É impressionante que uma pessoa tenha voz, relevância, respeito e espaço na mídia representando tudo isso que tem a ver com os nossos valores.” Outra afinidade apontada por Puga é o fato de Gil ter ascendido socialmente por meio da educação.
Todas essas campanhas com as marcas, que farão parte de uma agenda “muito bem planejada”, segundo Gil, dividirão espaço com a Globo – de acordo com o jornal Extra, o ex-BBB terá um quadro no Encontro com Fátima Bernardes. O contrato com a emissora vai até setembro, mas estar em frente às câmeras é algo que ele pode querer focar a longo prazo. Segundo Gil, a emissora o deixou “muito livre”, sabendo da “importância de ele trabalhar (com as marcas), ganhar dinheiro e mudar de vida”.
A vida de Gil também virou livro. Tem que Vigorar: Como me Aceitei, Venci na Vida e Realizei meus Sonhos teve pré-venda iniciada pela Globo Livros na última quarta-feira. “Estou muito feliz, regozijado, animado, me sentindo um ator de Hollywood”, brinca.
‘Cara do Brasil’
Diante dessa comoção com Gil do Vigor, é justo perguntar: por que ele virou esse fenômeno? Jaime Troiano, especialista em branding (gestão de marca) e comportamento do consumidor, explica que o sucesso do ex-BBB vem da identificação do brasileiro com ele.
“Gil é um caso muito particular porque tem ingredientes de diversas naturezas, ligados a crescimento pessoal, honestidade, sempre de uma forma digna. Então ele estoura como alguém que realiza o desejo dos brasileiros”, explica. Para Troiano, Gil do Vigor, assim como Juliette – a campeã do BBB 21 –, é uma pessoa do bem, que mostra uma perspectiva positiva da vida.
Para as marcas, Troiano aconselha que elas devem escolher muito bem as pessoas públicas que irão representá-las, uma vez que um “escorregão” da celebridade pode respingar na imagem da empresa. “Mas Gil é um caso brilhante, porque ele representa algo desejado dos brasileiros, de dedicação, seriedade. Ele é algo que nós gostaríamos de ser.”
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