Fechar
GP1

Economia e Negócios

Concessão de trecho da rota dos grãos está no cronograma do Governo Federal

São mais mil quilômetros ligando o Centro-Oeste à Região Norte do País; leilão está marcado para julho.

O governo tem pressa para resolver a situação da concessão do “trecho sul” da BR-163, porque a parte norte da rodovia, que avança pelo Pará, está em vias de também ser concedida à iniciativa privada. No dia 8 de julho, será realizado o leilão dos 1.009 quilômetros da BR-163 ligando o Centro-Oeste à Região Norte do País.

Com início em Sinop (MT), a concessão seguirá para o Pará, até chegar aos portos fluviais de Miritituba, onde a estrada se cruza com a Transamazônica. Trata-se hoje do polo logístico de grãos que mais cresce no País, partindo das hidrovias dos Rios Tapajós e Amazonas. A concessão prevê a exploração comercial – por meio de cobrança de pedágios – pelo prazo de dez anos, prorrogáveis por mais dois anos. A empresa assume a recuperação, conservação, manutenção e operação do trecho, com melhorias e ampliação de capacidade.


O trecho, que ficou marcado pelas cenas repetidas todos os anos de caminhões atolados na lama, teve a conclusão de seu asfalto até Miritituba entregue em fevereiro deste ano. Regularmente, porém, há necessidade constante de recompor a pavimentação, dadas as condições naturais que marcam toda a Amazônia, com forte mudança de temperatura, umidade e chuvas.

Interessados

O desempenho pleno desse traçado, porém, depende de boas condições do trecho sul da BR-163, que hoje está ligado a uma série de intervenções. O Estadão apurou que diversas companhias já solicitaram informações a respeito do processo de caducidade do trecho controlado pela Rota do Oeste. Empresas como Conasa Engenharia e Zetta Infraestrutura e Participações, além de concessionárias como CCR e Ecorodovias, estão entre os interessados no assunto.

A concessão da BR-163, realizada em 2014, faz parte de uma rodada de projetos que acabaram se transformando em empreendimentos inviáveis, com concessionárias que quebraram nos anos seguintes e não conseguiram levar adiante os compromissos que tinham assumido, como a exigência de duplicação de seus trechos pelo prazo máximo de cinco anos.

A incapacidade de seguirem com as concessões foi amplificada pela crise financeira que se acentuaria nos anos seguintes, o que reduziu a produção e a rotatividade nas estradas, derrubando previsões de arrecadação.

Mais conteúdo sobre:

Ver todos os comentários   | 0 |

Facebook
 
© 2007-2024 GP1 - Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do GP1.