Os economistas do mercado financeiro passaram a prever que o IPCA – o índice oficial de preços – feche 2021 perto de 5%. O Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira, 19, pelo Banco Central, mostra que a estimativa para o IPCA este ano foi de alta de 4,85% para 4,92%. Há um mês, estava em 4,71%.
A projeção para o índice em 2022 foi de 3,53% para 3,60%. Quatro semanas atrás, estava em 3,51%.
A projeção dos economistas para a inflação está acima do centro da meta de 2021, de 3,75%, sendo que a margem de tolerância é de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%). A meta de 2022 é de 3,50%, com margem de 1,5 ponto (de 2,00% a 5,00%).
A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic).
Em 2020, pressionado pelos preços dos alimentos, o IPCA ficou em 4,52%, acima do centro da meta para o ano, que era de 4%, mas dentro do intervalo de tolerância. Foi a maior inflação anual desde 2016.
PIB menor
Os economistas reduziram a expectativa para a economia este ano de 3,08% para elevação de 3,04%. Há quatro semanas, a estimativa era de 3,22%.
Para 2022, o mercado financeiro alterou a previsão do PIB de alta de 2,33% para 2,34%. Quatro semanas atrás, estava em 2,39%.
No Focus desta segunda, a projeção para a produção industrial de 2021 foi de alta de 5,39% para 5,06%. Há um mês, estava em elevação de 5,10%. No caso de 2022, a estimativa de crescimento da produção industrial foi de 2,49% para 2,15%, ante 2,48% de quatro semanas antes.
A pesquisa Focus mostrou ainda que a projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2021 seguiu em 64,60%. Há um mês, estava em 64,69%. Para 2022, a expectativa foi de 66,40% para 66,20%, ante 66,00% de um mês atrás.
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