O dólar iniciou as negociações desta quarta-feira, 17, em alta, de cerca de 0,8%, cotado a R$ 5,66, seguindo tendência da moeda dos Estados Unidos no exterior. Investidores acompanham do Fed (banco central americano), no meio da tarde, e no Brasil, desfecho da reunião do Copom, após o fechamento dos mercados.
Nos EUA, não há previsão de mudanças na atual política ultra-acomodatícia e o foco estará na abordagem do Fed sobre a inclinação da curva no comunicado da reunião, além das novas projeções econômicas que serão apresentadas e na entrevista do presidente da instituição, Jerome Powell. Já o quadro de apostas para o Copom está dividido, com a concentração das fichas entre alta de 0,5 ponto porcentual e 0,75 ponto da Selic - o que não ocorre desde 2015.
Na terça-feira, 16, essas expectativas para o Copom ganharam força na esteira da aceleração do IGP-10 de março e de uma piora das previsões para o IPCA na pesquisa Focus dessa semana. A leitura dos agentes de câmbio é que pode melhorar um pouco a atratividade da divisa brasileira. Os investidores estrangeiros fizeram ontem forte redução de posições compradas (aposta na alta do dólar) em dólar futuro, de US$ 1,1 bilhão.
A moeda dos Estados Unidos se mantém acima de R$ 5 há cerca de nove meses, desde junho de 2020. O patamar atual, mesmo sendo alto, ainda não é o recorde nominal, quando não se desconta a inflação. O recorde foi atingido em 14 de maio: R$ 5,9718.
Nas casas de câmbio, de acordo com levantamento realizado pelo Estadão/Broadcast, o dólar turismo é negociado acima de R$ 5,90.
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