As vendas do comércio varejista caíram 0,2% em janeiro ante dezembro, na série com ajuste sazonal, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta sexta-feira, 12.
Na comparação com janeiro de 2020, sem ajuste sazonal, as vendas do varejo tiveram baixa de 0,3% no primeiro mês deste ano - é a primeira taxa negativa nessa base de comparação após sete meses de resultados positivos. Em 12 meses, a alta acumulada é de 1,0%.
Das oito atividades analisadas pelo IBGE, cinco tiveram taxas negativas ante dezembro. Entre elas, hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, setor de maior peso do varejo, recuou 1,6%. Outras quedas vieram de livros, jornais, revistas e papelaria (-26,5%), tecidos, vestuário e calçados (-8,2%) e móveis e eletrodomésticos (-5,9%). Combustíveis e lubrificantes tiveram que de 0,1%.
Por outro lado, tiveram alta os setores de outros artigos de uso pessoal e doméstico (8,3%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (2,6%) e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (2,2%).
Quanto ao varejo ampliado, que inclui as atividades de material de construção e de veículos, as vendas caíram 2,1% em janeiro ante dezembro. Na comparação com janeiro de 2020, a queda foi de 2,9%. No acumulado em 12 meses, o recuo é de 1,9%.
A queda em janeiro ante dezembro foi puxada pelo setor de veículos, motos, partes e peças (-3,6%), enquanto material de construção variou positivamente (0,3%).
“Janeiro foi um mês de repique da pandemia, com restrições de funcionamento de estabelecimentos comerciais em alguns Estados, que refletiram de maneira mais forte no setor de veículos. Veículos têm o segundo maior peso no comércio, e já vinha de uma queda em dezembro (-3,3%)”, disse o gerente da pesquisa, Cristiano Santos.
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