O secretário de Fazenda do Piauí, Rafael Fonteles e presidente do Comitê Nacional de Secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz), enviou carta ao ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, nesta quinta-feira (18), solicitando mais recursos para o enfrentamento da covid-19 no país.
Confira aqui a carta
No documento, assinado pelos 26 secretários responsáveis pelas economias dos estados, Fonteles destaca que a 2ª onda da covid-19 necessita de condições iguais a do início da pandemia para que se possa enfrentar o desafio na Saúde Pública do Brasil.
“Durante a primeira onda foi possível mobilizar estruturas existentes para atender a demanda da pandemia. A partir da segunda onda, essa estratégia não é viável, posto que condições preexistentes voltaram a crescer e coexistem com uma quádrupla carga de doenças: COVID19, causas externas, doenças crônicas degenerativas e outras doenças infectocontagiosas e metabólicas/nutricionais conhecidas”, destacou.
O secretário de Fazenda do Piauí ainda pontuou que o momento exige um novo orçamento para Estados, investimentos em rede de frios, testagens e mobilização de recursos humanos e materiais para garantir a estruturação dos hospitais.
“Urge um imediato aporte de novo orçamento de auxílio aos Estados. O investimento na rede de atenção e vigilância pressupõe novos investimentos tecnológicos na rede de frio, testagem e transporte, assim como mobilização de recursos humanos e materiais para garantir adequada estruturação dos hospitais. Leitos não são uma estrutura que se mobiliza e desmobiliza em semanas. As ampliações envolvem contratos de médio prazo, programação de suprimentos, revisão de perfis de unidades hospitalares”, pontuou.
Efeitos da vacinação
Rafael Fonteles assegurou que mesmo com a vacinação que está dando os primeiros passos no Brasil, a redução considerável de casos, internações e óbitos, somente ocorreria a partir do segundo semestre deste ano.
“A pandemia não cessou e seguiremos enfrentando até final do ano a coexistência de diversas ondas dessa crise de saúde ocorrendo de maneira assimétrica e diversas regiões do Brasil. Os efeitos da vacinação somente deverão repercutir em queda sustentada, com baixa probabilidade de novas etapas de aceleração de casos/internações/óbitos, a partir do segundo semestre”, acrescentou.
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