O presidente Jair Bolsonaro reconheceu nesta segunda-feira, 8, que o Governo poderá enfrentar problemas para aprovar a proposta de emenda à Constituição (PEC) dos precatórios no Senado, caso o texto passe na Câmara em segundo turno - a votação está prevista para terça-feira, 9. "Passou no primeiro turno na Câmara, acho que passa no segundo. Vamos ter problemas no Senado", afirmou Bolsonaro em entrevista veiculada pela rádio Jovem Pan Curitiba.
Projeto para viabilizar o pagamento de R$ 400 do Auxílio Brasil em 2022, a PEC dos precatórios - que adia o pagamento dos precatórios (dívidas que o governo é obrigado a pagar por decisões judiciais) e altera a correção do teto de gastos - foi aprovada na semana passada em primeiro turno na Câmara com 312 votos, apenas quatro a mais do que o necessário.
As manobras regimentais da votação, patrocinadas pelo presidente da Casa, Arthur Lira (Progressistas-AL), no entanto, foram contestadas no Supremo Tribunal Federal (STF), que pediu explicações sobre o rito.
À Jovem Pan Curitiba, Bolsonaro garantiu que parcelar o pagamento de precatórios, medida prevista na PEC, não é um calote e, mais uma vez, falou sobre a postura do STF de pedir a quitação das dívidas da União já transitadas em julgado. "Não quero tecer comentários sobre o Supremo, mas é medida que parece ser mais política do que econômica", declarou.
O presidente voltou a defender o Auxílio Brasil. "Um país que projeta excesso de arrecadação em R$ 300 bilhões não pode destinar mais R$ 30 [bilhões] para atender os necessitados?", questionou o chefe do Executivo.
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