Os dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares – POF – realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE – apontou que devido ao Índice de Perda de Qualidade de Vida (IPQV), o Piauí apresenta também um baixo Índice de Desempenho Socioeconômico (IDS), chegando ao 6º menor desempenho econômico.
Segundo o IBGE, quanto mais alto o IPQV, mais baixo o IDS fica. Para mensurar o Índice de Desempenho Socioeconômico, é utilizada uma fórmula que considera a renda disponível familiar e as perdas de qualidade de vida da população.
O valor do IDS piauiense é o sexto menor do país, calculado em 5,462. Apenas o Maranhão (4,897), Pará (5,099), Alagoas (5,264), Acre (5,318) e o Amazonas (5,357) possuem índices inferiores ao do Piauí. O maior IDS é do Distrito Federal, com o valor de 6,970. O Brasil tem indicador médio de 6,201.
No Piauí, o baixo IDS reflete as perdas de qualidade de vida em várias dimensões. Cerca de 20,2% do IDS do estado está relacionado às perdas no âmbito do acesso a serviços financeiros e padrão de vida; 19,3% relacionado às perdas na educação; 19,2% está ligado às perdas no acesso a serviços de utilidade pública por parte da população do estado; 16,6% do indicador está relacionado às perdas de qualidade de vida com transporte e lazer; 14,8% relacionado às perdas com moradia e 9,9% relacionado às perdas com saúde e alimentação.
No Brasil, o IDS está mais relacionado às perdas de qualidade de vida concentradas nos âmbitos do acesso a serviços financeiros e padrão de vida (19,5%) e na educação (19,1%). Mas, ao contrário do Piauí, a terceira dimensão com mais representatividade no IDS do país é o transporte e lazer (17,4%), que abrange o equilíbrio no uso do tempo em atividades cotidianas e na jornada de trabalho, assim como a avaliação subjetiva do transporte e do lazer.
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