Mais quatro montadoras retomam a produção hoje. Renault, Volvo e DAF, todas com fábricas no Paraná, e BMW, com unidade em Santa Catarina voltam a produzir, mas em ritmo inferior ao de antes das férias coletivas adotadas há cerca de um mês em razão da pandemia do coronavírus.
A Renault e a BMW são as primeiras fabricantes de automóveis a religar as máquinas. No caso da Renault são quatro unidades fabris no mesmo complexo e não houve acordo de redução de jornada e salários com os funcionários. Assim, todos os 7,5 mil empregados voltam ao trabalho, incluindo o pessoal administrativo, que fará home office.
Já tinham retomado atividades na última segunda-feira, 27, a Scania e a Volkswagen/MAN. Ambas produzem caminhões e ônibus, assim como a Volvo. A DAF faz apenas caminhões. Todas as empresas informam terem adotado normas de segurança para evitar contaminação pelo coronavírus e a maioria vai operar com quadro reduzido de pessoal.
Das quatro que retornam agora, Volvo e BMW fizeram acordos previstos na MP 936, assim como a Volkswagen/MAN.
Na semana passada, a reportagem do Estado acompanhou o dia de trabalho dos funcionários da Scania, em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, a única até então a retomar as atividades no Estado de São Paulo.
Protocolos
Há novos protocolos a serem seguidos, como uso de máscaras, manter distância segura um do outro e não se cumprimentarem com apertos de mão ou abraços. “É preciso se adaptar ao “novo normal”, a uma nova maneira de trabalhar”, afirma Danilo Rocha, vice-presidente de Recursos Humanos da Scania.
A Scania não adotou medidas de redução de jornada e salários, por isso retomou operações com todo o quadro de funcionários da produção, mas divididos em dois turnos para diminuir a densidade de pessoas no local. Metade da equipe trabalha das 7h às 16h15 e a outra metade das 17h30 às 00h20. Antes, havia só o primeiro turno.
Segundo Rocha, todos os veículos que estão sendo produzidos já estão vendidos, pois a empresa não trabalha com estoques. “Cada caminhão que está saindo da linha já tem um dono”. Segundo eles, as encomendas foram feitas antes da parada das fábricas. Também há alguns veículos destinados à exportação.
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