O dólar tem queda nesta segunda-feira, 27, acompanhando a desvalorização predominante no exterior em meio à alta das Bolsas diante do otimismo dos investidores com a reabertura em breve de alguns países europeus e Estados americanos. Às 10h27, a moeda americana caía 0,63% R$ 5,6265.
A Bolsa brasileira também se recupera nesta manhã e, no mesmo horário acima, tinha alta de 2,35%, aos 77.100,58 pontos.
O recuo na moeda americana também é reflexo da participação do ministro da Economia, Paulo Guedes, em entrevista na manhã desta segunda com o presidente Jair Bolsonaro, a ministra da Agricultura, Teresa Cristina, e o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas.
Bolsonaro afirmou que "o homem que decide economia no Brasil é um só e se chama Paulo Guedes". A demonstração de apoio do presidente ao ministro alivia temores de que Guedes poderia deixar o governo.
Além disso, dizem operadores do mercado financeiro, o risco de impeachment de Jair Bolsonaro diminui com a possibilidade de os pedidos seguirem sendo engavetados pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), diante da aproximação do presidente com o Centrão.
Ao lado de Bolsonaro, Guedes sugeriu aos trabalhadores que não peçam aumento por um ano e meio. Segundo ele, a política econômica segue a mesma, com a agenda de reformas estruturais, e que o ministro da Casa Civil, Braga Netto, integra ações de todos os ministérios.
O ajuste de baixa do dólar reflete ainda uma realização parcial de ganhos - até sexta-feira, 24, a moeda tinha valorização de 8,94% em abril e de 41,12% em 2020.
Divulgado na manhã desta segunda pelo Banco Central, o relatório Focus traz mais uma queda na projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano: a estimativa passou de recuo de 2,96% para retração de 3,34%. A projeção para o dólar foi mantida em R$ 4,80.
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