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Economia e Negócios

Governo Federal estuda ampliar garantias para estimular empréstimos

Guedes falou nesta quinta-feira, 23, por cerca de uma hora com representantes de vários setores da indústria, por videoconferência.

Para estimular a concessão de crédito e fazer frente à pandemia do coronavírus , o governo estuda ampliar os recursos de fundos garantidores, entre eles o Fundo Garantidor de Investimentos (FGI). Em reunião com representantes da indústria nesta quinta-feira, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que os recursos do fundo poderão ser aumentados para cerca de R$ 15 bilhões, segundo apurou o Estadão/Broadcast.

Esse tipo de fundo é usado como garantia por um tomador de empréstimo junto ao banco. Isso reduz o risco da operação, já que, se o tomador não pagar, o fundo cobre parte ou todo o pagamento devido. No caso do FGI, a gestão é feita pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).


O fundo tem hoje cerca de R$ 1,2 bilhão e é usado como garantia em empréstimos principalmente para investimentos. Mas poderia receber novos aportes do Tesouro Nacional e financiar outras linhas de crédito em estudo pelo governo, como empréstimos para empresas médias, com faturamento entre R$ 10 milhões e R$ 360 milhões.

Guedes falou nesta quinta-feira, 23, por cerca de uma hora com representantes de vários setores da indústria, por videoconferência. De acordo com participantes, o tema central do encontro foi a falta de crédito. O ministro concordou que, apesar das medidas tomadas pelo governo e pelo Banco Central, como redução do depósito compulsório (recursos que os bancos precisam deixar no BC), o dinheiro não está chegando na ponta.

A avaliação dos empresários e do governo é que as instituições financeiras estão segurando o dinheiro por temer a inadimplência dos tomadores diante dos impactos econômicos da pandemia do coronavírus.

Na reunião, Guedes cobrou da equipe novas ações para acabar com o “empoçamento” de dinheiro nos bancos. Segundo participantes, ele frisou a necessidade de ampliar mecanismos que garantam que os recursos sejam, de fato, emprestados, e disse que um dos que estão em estudo é a ampliação dos depósitos em fundos garantidores.

A ideia é que, ao aumentar a garantia, o governo assume os riscos dos financiamentos e, sem o temor da inadimplência, os bancos passem a emprestar mais.

A ampliação do FGI agradou os empresários, que já vinham pedindo por isso antes mesmo da pandemia do coronavírus.

Na reunião, os industriais expuseram as dificuldades dos diferentes setores. Representantes da indústria farmacêutica reclamaram do congelamento do reajuste de medicamentos. A indústria da transformação demonstrou o temor de que, com as fábricas brasileiras paradas e a China em retomada, os produtos chineses ganhem ainda mais participação no mercado brasileiro.

Os empresários disseram ainda que, apesar de positivo, o adiamento no pagamento de impostos sem crédito não será suficiente porque, daqui

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