O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que a ausência de uma proposta de reforma tributária apresentada pelo governo não preocupa. "A reforma tributária vai andar", disse. Caso o governo não entregue um texto sobre o assunto, "o parlamento considera a proposta do (deputado federal) Baleia Rossi (PSDB-SP)", disse Maia em palestra em São Paulo.
O presidente da Câmara também abordou a atuação de alguns ministros do governo. "Eu não vou continuar criticando ministro, porque falam: 'é aí que ele não vai cair mesmo'". Entre o primeiro escalão de ministros, o da Educação, Abraham Weintraub, tem concentrado a maior parte das críticas de Maia, que já afirmou "nunca falar bem" do chefe da Educação.
Ele também voltou a fazer críticas ao governo e, por extensão, ao presidente Jair Bolsonaro. "O que me incomoda não é o governo de omissão, é ele querer depois impor uma posição", disse sobre projetos de lei que foram encaminhados, mas que, segundo Maia, não tiveram participação do governo. "Me incomoda jogar no meu colo regulamentação de terras indígenas sem discutir antes".
Sobre o tema de meio ambiente, Maia disse ter ouvido que fundos europeus estavam proibidos de vir para o Brasil por causa da questão ambiental. "Cada vez mais existem investidores estrangeiros que prezam pela sustentabilidade", disse. Segundo Maia, "o agronegócio não precisa desmatar mais 1 m² para aumentar a produtividade".
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