O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta sexta-feira, 27, que o governo vai gastar R$ 45 bilhões com o auxílio emergencial a trabalhadores informais aprovado ontem na Câmara dos Deputados. A proposta é de um pagamento mensal de R$ 600, por um período de três meses.
A proposta inicial do governo era de um benefício de R$ 200, mas os deputados decidiram elevar o valor a R$ 500. O presidente Jair Bolsonaro, então, acenou com um valor ainda maior, de R$ 600.
Há uma semana despachando do Rio de Janeiro, Guedes gravou um vídeo de quase seis minutos divulgado nas redes sociais do Ministério da Economia. Na mensagem, o ministro afirma que “duas ondas enormes avançam em direção ao Brasil”: uma calamidade pública em saúde e uma crise econômica decorrente da primeira.
“A primeira (onda) já nos atingiu, é uma calamidade de saúde pública e ameaça nossas vidas, nossa saúde. E a segunda vem na esteira da primeira, pode ser uma enorme onda, dependendo da nossa reação, ameaça nossos empregos e (pode ser) uma crise econômica como nunca sofremos antes”, afirmou.
Segundo o ministro, a determinação do presidente Jair Bolsonaro é “que não vão faltar recursos para defender as vidas, a saúde e os empregos dos brasileiros”. “Nenhum brasileiro vai ficar para trás. nós vamos cuidar de todos e começamos justamente protegendo os mais vulneráveis”, disse.
Guedes citou as medidas de antecipação dos pagamentos do 13º de aposentados e pensionistas do INSS e a liberação de recursos para zerar a fila de espera do Bolsa Família. Ele também celebrou a aprovação pela Câmara do auxílio emergencial a informais. O texto ainda precisa ser votado no Senado para passar a valer.
“Agora lançamos também a rede de proteção a um mar de brasileiros valentes, que lutam diariamente, foram desassistidos por décadas, que são os autônomos, os informais, os brasileiros que nunca pediram nada e se defendem vendendo mate na praia, vendendo bala no trânsito. Gente simples que trabalha todo dia para nos alimentar, para nos distrair, e eles foram atingidos, porque as ruas estão vazias, fomos todos em isolamento fugindo dessa primeira onda para as nossas casas”, disse.
“Com eles nós devemos liberar em torno de R$ 45 bilhões. Com Bolsa Família e mais as antecipações de idosos, são quase R$ 100 bilhões que nós estamos lançando justamente para os brasileiros mais desprotegidos”, acrescentou o ministro.
Nas contas de Guedes, o pacote do governo já chegou a R$ 700 bilhões em recursos para os próximos três meses, “contando o que está por vir”. Ele não deu detalhes precisos do cálculo, apenas citou a liberação de R$ 200 bilhões em compulsórios, empréstimos já anunciados pela Caixa e pelo BNDES, além de R$ 88 bilhões em recursos para Estados e municípios.
“Tudo isso para defender as vidas, a saúde e os empregos dos brasileiros. São dinheiros diferentes, um é para dar liquidez às empresas, outro é para complementar o salário das empresas que quiserem manter o emprego”, afirmou.
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