A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou nesta sexta-feira, 21, que os Estados Unidos liberaram a importação de carne bovina fresca (in natura) do Brasil, que estava suspensa desde junho de 2017. De lá para cá, os americanos vinham comprando apenas carne enlatada do Brasil.
Em um post no Twitter, a ministra comemorou a decisão americana que, segundo ela, é um "reconhecimento da qualidade do produto brasileiro". "Era uma notícia que esperávamos com ansiedade já há algum tempo e que hoje eu tive a felicidade de receber".
Boa notícia: reabertura do mercado dos EUA para carne bovina in natura do Brasil. Mais um bom resultado para nossa economia. Reconhecimento da qualidade do produto brasileiro. ???????? Parabéns, presidente @jairbolsonaro. #agro pic.twitter.com/aJZ0IQUMUG
— Tereza Cristina (@TerezaCrisMS) February 21, 2020
Ao Estado, ela confirmou a decisão. “É uma ótima notícia para o Brasil. O mercado americano não é tão representativo para nós em termos de volume, mas é muito importante conceitualmente, por termos esse mercado aberto”, disse.
Vendas suspensas
A suspensão estava em vigor desde junho de 2017, quando o secretário de Agricultura dos Estados Unidos, Sonny Perdue, travou a compra do produto brasileiro, segundo ele, por causa de “preocupações recorrentes” com a segurança do produto destinado ao mercado americano.
Na ocasião, ele informou que a medida continuaria em vigor até que o Ministério da Agricultura do Brasil adotasse ações “corretivas” para atender as exigências do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA).
A decisão era encarada como um revés significativo para os exportadores de carne brasileiros, que haviam conseguido abrir o mercado americano para seus produtos em junho de 2015. O primeiro embarque, no entanto, ocorreu apenas em setembro de 2016. Embora o volume de exportação ainda não chegasse a ser relevante, o mercado americano, por ser um dos mais exigentes, servia de referência para que outros países decidissem comprar a carne brasileira.
Na época, o então ministro Blairo Maggi tentou reverter a decisão, sem sucesso, e chegou a declarar que era preciso entender que o Brasil estava exportando carne “para o maior concorrente que temos no mundo” e que, por isso, havia pressão grande de produtores americanos para que o embargo fosse efetivado.
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