A expectativa de crescimento da economia em 2020 caiu de 2,30% para 2,23%, de acordo com o Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira, 17, pelo Banco Central (BC). Há quatro semanas, a estimativa de alta era de 2,31%.
Para 2021, o mercado financeiro manteve a previsão de alta do Produto Interno Bruto (PIB), de 2,50%.
Na semana passada, o BC informou que seu Índice de Atividade (IBC-Br), uma espécie de prévia do PIB, teve queda de 0,27% em dezembro e fechou o ano com alta de 0,89%. O resultado abaixo do previsto - economistas ouvidos pelo Estadão/Broadcast estimavam um crescimento de 1% do IBC-Br em 2019 - desencadeou uma leva de reduções das projeções para o crescimento do PIB deste ano.
O resultado oficial do PIB do ano passado deve ser divulgado no início de março pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em dezembro, o BC atualizou, por meio do Relatório Trimestral de Inflação (RTI), sua projeção para o PIB em 2020, de alta de 1,8% para elevação de 2,2%.
Juros no mesmo patamar
Os economistas do mercado financeiro mantiveram suas projeções para a Selic, a taxa básica de juros, em 4,25% ao ano no fim de 2020. Os analistas acreditam que a Selic será mantida nesse patamar até fevereiro de 2021, quando passaria por elevação de 0,25 ponto porcentual, para 4,50% ao ano.
A estimativa para a Selic no fim de 2021 seguiu em 6,00% ao ano ante 6,25% de quatro semanas atrás.
No início de fevereiro, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC cortou a Selic em 0,25 ponto porcentual, de 4,50% para 4,25% ao ano. Foi o quinto corte consecutivo da taxa básica. No comunicado sobre a decisão, o BC indicou que não pretende promover novo corte no encontro marcado para março: "Considerando os efeitos defasados do ciclo de afrouxamento iniciado em julho de 2019, o Comitê vê como adequada a interrupção do processo de flexibilização monetária".
De acordo com o Focus, a mediana para o IPCA, o índice oficial de inflação, neste ano foi alterada de alta de 3,25% para 3,22%. Para 2021 a projeção seguiu em 3,75% e, para 2022, em 3,50%.
A projeção dos economistas para a inflação está abaixo do centro da meta de 2020, de 4,00%, com margem de tolerância de 1,5 ponto porcentual (índice de 2,50% a 5,50%). No caso de 2021, a meta é de 3,75% e para de 2022, de 3,50%, também com margem de 1,5 ponto .
No início de fevereiro, o IBGE informou que o IPCA subiu 0,25% em janeiro. A projeção do Copom para a inflação é de 3,5% este ano e de 3,4% em 2021.
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