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Economia e Negócios

Economistas estimam tombo do PIB abaixo de 5% em 2020, aponta Focus

Analistas ouvidos pelo Banco Central projetam retração de 4,81% na atividade econômica; estimativa para o IPCA foi revista para cima pela 11ª semana seguida.

Os economistas do mercado financeiro reduziram novamente sua estimativa para o tombo da economia brasileira neste ano e, pela primeira vez desde maio, passaram a ver uma retração menor do que 5%.

A expectativa faz parte do boletim de mercado conhecido como relatório Focus, divulgado nesta segunda-feira, 26, pelo Banco Central (BC). Os dados foram levantados na semana passada em pesquisa com mais de 100 instituições financeiras.


A previsão dos economistas para a retração do Produto Interno Bruto (PIB) passou de 5% para 4,81% neste ano. Desde 14 de maio deste ano a previsão dos analistas não ficava abaixo de uma contração de 5% para o PIB em 2020. No pior momento, em 30 de junho, os economistas chegaram a estimar queda de 6,6% para a economia em razão da crise provocada pela pandemia de covid-19.

Para 2021, o mercado baixou de 3,47% para 3,42% a estimativa de expansão da atividade econômica.

Ao mesmo tempo em que vê um tombo menor do nível de atividade neste ano, o mercado financeiro projeta uma alta maior da inflação.

Segundo a pesquisa, os analistas dos bancos subiram a estimativa de inflação deste ano de 2,65% para 2,99%. Essa foi a 11.ª alta seguida no indicador.

Em setembro, a inflação oficial do País, medida pelo IPCA, avançou 0,64% e foi puxada pela alta nos preços de alimentos e da gasolina. Foi a maior alta para um mês de setembro desde 2003 - quando atingiu 0,78% - e a maior taxa do ano.

Apesar da alta, a expectativa de inflação do mercado para este ano segue abaixo da meta central, de 4%, e também do piso do sistema de metas, que é de 2,5% em 2020.

Entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para 2020 foi de 2,82% para 2,91%.

Para 2021, o mercado financeiro subiu de 3,02% para 3,10% sua previsão de inflação. No ano que vem, a meta central de inflação é de 3,75% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar de 2,25% a 5,25%.

Após a manutenção da taxa básica de juros em 2% ao ano em setembro, o mercado segue prevendo estabilidade na Selic nesse patamar até o fim deste ano. Para o fim de 2021, a expectativa do mercado ficou subiu de 2,50% para 2,75% ao ano.

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