O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), uma prévia da inflação oficial, foi de 0,94% em outubro, maior resultado para o mês desde 1995, informou nesta sexta-feira, 23, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No ano, o indicar acumula alta de 2,31% e em 12 meses atingiu 3,52%.
O resultado do mês superou o teto do intervalo das estimativas dos analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast. As previsões iam de 0,52% a 0,93%, com mediana de alta de 0,82%.
Os preços dos alimentos e bebidas tiveram a maior alta (2,24%) entre os grupos pesquisados e o também maior impacto (0,45 ponto porcentual) no índice. A maior contribuição individual foi das carnes, que subiram 4,83%, na quinta alta consecutiva. O IPCA-15 também foi puxado pelas altas do óleo de soja (22,34%), do arroz (18,48%), do tomate (14,25%) e do leite longa vida (4,26%). Por outro lado, houve queda nos preços da cebola (-9,95%) e da batata-inglesa (-4,39%).
O grupo dos transportes teve a segunda maior variação em outubro (1,34%), puxado pelas passagens aéreas, que subiram 39,90% e contribuíram com 0,13 ponto porcentual no IPCA-15 do mês. A gasolina subiu 0,85%, na quarta alta consecutiva, embora menos intensa que no mês anterior (3,19%).
Em outubro, o IPCA-15 subiu em todas as localidades pesquisadas pelo IBGE. O maior resultado foi o da região metropolitana de Fortaleza (1,35%), puxado pelos preços do arroz (23,02%), das carnes (4,79%) e da gasolina (2,78%). A menor variação foi registrada na região metropolitana de Salvador (0,43%), por conta da queda nos preços da gasolina (-5,87%).
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