O governo federal deve anunciar nesta quarta-feira, 21, a venda de 17 empresas, segundo o ministro da Economia, Paulo Guedes. As privatizações vão começar pelos Correios, de acordo com o presidente Jair Bolsonaro.
Segundo o Estado apurou com um integrante da equipe econômica, esta é a lista que está sendo discutida no governo:
- Emgea (Empresa Gestora de Ativos);
- ABGF (Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias);
- Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados);
- Dataprev (Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social);
- Casa da Moeda;
- Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo);
- Ceasaminas (Centrais de Abastecimento de Minas Gerais);
- CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos);
- Trensurb (Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre S.A.);
- Codesa (Companhia Docas do Espírito Santo);
- EBC (Empresa Brasil de Comunicação);
- Ceitec (Centro de Excelência em Tecnologia Eletrônica Avançada);
- Telebrás
- Correios
- Eletrobras
- Lotex (Loteria Instantânea Exclusiva);
- Codesp (Companhia Docas do Estado de São Paulo).
O martelo será batido na reunião do Programa de Parcerias e Investimentos (PPI) na tarde desta quarta.
Dessas empresas, Casa da Moeda, CBTU e Lotex já fazem parte do PPI. Outras cinco foram incluídas agora: Correios, Telebrás, ABGF, Ceitec e Emgea.
A privatização dos Correios necessariamente precisa passar pelo Congresso. A empresa tem monopólio dos serviços postais e do correio aéreo nacional (serviço postal militar) totalmente assegurado pela Constituição.
Dentro do governo há quem defenda que os Correios sejam desidratados, por meio da criação de parcerias com a iniciativa privada, formando joint ventures em que a estatal seria minoritária. Esse modelo é mais fácil de ser tocado, segundo fontes, já que não exigiria a aprovação de uma proposta de emenda constitucional (PEC), que exige o apoio de três quintos dos parlamentares em dois turnos de votação.
Encontro sobre a Eletrobras
Na manhã desta quarta, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, se reuniu com Guedes e líderes da Câmara dos Deputados, incluindo o presidente, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para discutir a desestatização da Eletrobrás.
O governo do presidente Michel Temer enviou um projeto de lei ao Congresso sobre o tema, que ainda não foi votado, mas o atual governo cogita o envio de outro projeto. Em conversa com investidores na terça-feira, 20, Albuquerque disse que gostaria que o processo de saída do controle da Eletrobrás ocorresse este ano e adiantou que, se a opção for tratar do assunto no projeto que já existe, serão necessários aperfeiçoamentos no texto.
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