O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que é possível conciliar o acordo firmado com a União Europeia com as negociações com os Estados Unidos. Ele afirmou que o governo do presidente norte-americano, Donald Trump, está pensando em uma aliança estratégica para toda a América, e não apenas no âmbito do Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (Nafta). "Há interesses que podem ser contornados por acordo comercial", afirmou. "Temos uma decisão de maior integração. Não se trata de Alca."
Ele se reuniu com o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Wilbur Ross, nesta quarta-feira, 31, e disse que foram discutidas questões como a maior importação de trigo pelos brasileiros e de açúcar e autopeças pelos norte-americanos. "Os Estados Unidos têm interesse em trazer etanol e nós temos tecnologia flexível aqui. Para eles entrarem com Etanol, temos que colocar açúcar lá", afirmou.
O ministro afirmou que será reativado um fórum de CE's dos dois países para conversas que incluem fusão de companhias. "Ross mencionou negócio entre Boeing e Embraer, temos que estimular negócios desse tipo", afirmou.
Guedes disse ainda que tanto nas negociações com a UE quanto com os EUA existem produtores com interesse em proteger seus negócios e que questões como subsídios serão sempre questionadas.
Ele lembrou que os norte-americanos prometeram apoiar a entrada do Brasil na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e disse que eles querem conversas sobre patentes e royalties, que é algo que o Brasil compreende mais do que a China. O ministro ressaltou que o mercado chinês, no entanto, também é importante para o Brasil.
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