O Ministério da Economia revisou a projeção oficial para o crescimento da economia neste ano de 1,6% para 0,81%. O dado consta no Boletim MacroFiscal da Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia, divulgado nesta sexta-feira, 12.
O porcentual anterior era de maio. Em junho, a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) já estava em 1,0%, mas esse porcentual somente foi informado no documento desta sexta.
- Foto: Estadão ConteúdoSafra de grãos
A secretaria informou ainda, pela primeira vez, suas projeções para o PIB nos anos de 2021, 2022 e 2023. Em todos os casos, a estimativa é de alta de 2,5% para o PIB.
De acordo com a SPE, essas projeções não incorporam o efeito completo da reforma da Previdência e as novas medidas que “beneficiarão a economia no curto prazo”.
A redução da projeção para este ano se deve a questões estruturais e choques de curto prazo, segundo a secretaria. Entre os fatores que afetaram no curto prazo estão a guerra comercial entre Estados Unidos e China, as intempéries climáticas que prejudicaram a agricultura e ao rompimento da barragem da Vale em Brumadinho (MG), que afetou a indústria.
“Cerca de 1/3 da queda da indústria até o momento pode ser atribuída aos reflexos produzidos pela tragédia de Brumadinho”, aponta o boletim.
Para a secretaria, o baixo crescimento revela que o País sofreu uma “quebra estrutural de redução do seu nível de desenvolvimento”. Com essa mudança estrutural, houve uma queda “substancial” de produtividade, aliado a um quadro de descontrole fiscal.
O documento ressalta que a retomada do crescimento da economia brasileira deverá passar necessariamente por um conjunto de reformas de reequilíbrio fiscal, em especial a da Previdência e reformas pró-mercado.
Não foram divulgados os parâmetros para a Selic (a taxa básica de juros) e o câmbio médio em 2019. Em documentos anteriores, estes dois parâmetros constaram do boletim.
A projeção para o IPCA, o índice oficial de inflação, em 2019 passou de 4,1% para 3,8%.
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