Após prejuízo de R$ 1,1 bilhão no último trimestre do ano passado, a Caixa teve lucro líquido de R$ 3,9 bilhões no primeiro trimestre de 2019. O resultado positivo foi 22,9% superior ao do mesmo período de 2018.
“A Caixa conseguiu prometer e cumprir muitas coisas em seis meses”, disse Pedro Guimarães, presidente da Caixa. “O resultado no primeiro trimestre foi uma surpresa positiva: eu não esperava algo tão forte.”
O lucro do banco representou alta de 5,8% em 12 meses. O resultado positivo reforçou a disposição em devolver antecipadamente recursos tomados com o Tesouro Nacional. O banco já devolveu R$ 3 bilhões à União no início de junho e pretende pagar outros R$ 7 bilhões até o fim do próximo mês.
- Foto: Marcelo Cardoso/GP1 Caixa Econômica Federal
Segundo Guimarães, a Caixa tem condições de devolver R$ 20 bilhões ao Tesouro em 2019, mesmo sem a venda de ativos. “Se fizermos a abertura de capital neste ano, poderemos pagar inclusive mais que R$ 20 bilhões”, disse.
O saldo de crédito imobiliário da Caixa cresceu 3,3% no primeiro trimestre, em relação ao mesmo período de 2018. A carteira de imóveis chegou a R$ 447,4 bilhões. Desse total, R$ 270 bilhões usam recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço.
O número é 10,9% superior ao do mesmo período do ano passado. Os R$ 177 bilhões restantes (queda de 6,5%) se referem a operações com recursos próprios e do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE).
Com isso, Guimarães projetou crescimento de 20% a 30% no crédito imobiliário em 2019, superando R$ 230 bilhões. “Vai haver um resultado muito melhor no segundo trimestre em crédito imobiliário”, disse. Com o resultado, o banco manteve a liderança do segmento, com quase 70% de participação.
Apenas com as contratações no período de janeiro a março no programa Minha Casa Minha Vida, a instituição somou crédito de R$ 6,5 bilhões, referentes a 61 mil unidades.
Já a carteira de crédito comercial da Caixa teve redução de 18% sobre o primeiro trimestre, para R$ 127,8 bilhões. O saldo para empresas respondeu por R$ 46,7 bilhões em março de 2019, com queda de 28,2%. Já o estoque de crédito para famílias ficou R$ 81,1 bilhões, cifra 10,7% menor que no mesmo período do ano passado.
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