A arrecadação de tributos federais alcançou o maior resultado em cinco anos no mês de maio principalmente por conta do recolhimento maior de imposto de renda por investidores e empresas e do aumento de tributos sobre a receita das empresas e sobre importações.
Houve alta de 23,47% no pagamento do Imposto de Renda sobre Rendimentos de Capital no mês passado, que somou R$ 3,128 bilhões. Em um momento em que a Selic está em queda, muitos investidores resgataram investimentos em renda fixa, o que levou ao pagamento do tributo, que incide no momento do resgate.
O coordenador de Previsão e Análise da Receita Federal, Claudemir Malaquias, destacou a alta de 5,77% no pagamento de Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL), chegando a R$ 12,134 bilhões, o que ajuda a explicar o resultado do mês. "O desempenho do IR está vindo muito melhor este ano do que no anterior, com perspectiva das empresas de auferirem mais lucro", afirmou.
Com as previsões para o crescimento da economia passando por sucessivos cortes, Malaquias ponderou que, no curto prazo, a arrecadação não tem relação direta com PIBem período curto de tempo. Ele lembrou que, no ano passado, as receitas cresceram 3,5%, acima do PIB, que subiu 1,1%.
"A base do Imposto de Renda, por exemplo, é o lucro. A atividade econômica pode estar contraída, mas a lucratividade maior", afirmou.
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