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Economia e Negócios

Guedes disse que limite da reforma é R$ 800 bilhões, diz Bolsonaro

Ministro sempre defendeu um mínimo de economia de R$ 1 trilhão em dez anos com as mudanças na aposentadoria.

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou nesta quinta-feira, 25, que o ministro da Economia, Paulo Guedes, aceita que a economia com a reforma da Previdência seja reduzida até o limite de R$ 800 bilhões em dez anos.

O ministro vem, desde a apresentação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência, defendendo um mínimo de economia de R$ 1 trilhão. Mas, segundo Bolsonaro, para aprovar a proposta, com os ajustes defendidos no Congresso, ele aceita baixar esse valor até esse limite.


"Se a reforma da Previdência não der certo, o caos vai se instalar. Sem a reforma, ninguém mais vai confiar no Brasil", disse o presidente durante café da manhã com jornalistas, do qual o Estado de S. Paulo participou. "Uma economia abaixo de R$ 1 trilhão, nós vamos ficar como a Argentina. O Paulo Guedes diz que o limite é R$ 800 bilhões", completou.

  • Foto: Dida Sampaio/Estadão ConteúdoBolsonaro e Paulo GuedesBolsonaro e Paulo Guedes

Bolsonaro disse que o placar da aprovação da PEC na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara o "surpreendeu positivamente", mas se queixou sobre o mercado ainda ver incerteza mesmo depois da aprovação do texto na comissão.

Nesta quarta-feira, 24, o dólar não deu trégua e fechou na maior cotação desde 1.º de outubro de 2018. A moeda americana terminou o pregão da quarta-feira cotada a R$ 3,9864, com alta de 1,64%. A admissibilidade do texto foi aprovada no colegiado na noite de terça-feira (23), por 48 a 18 votos.

Ainda sobre a reforma, o presidente voltou a dizer que "a bola está com o Parlamento", mas que tem gente que acha que o governo deve interferir. "Vamos mapear os parlamentares e fazer um trabalho em cima deles", disse.

Durante o café, o presidente aproveitou para elogiar, mais uma vez, o seu comandante da Economia. Bolsonaro disse que Guedes é a "rainha do tabuleiro de xadrez", numa referência à capacidade de liderança e articulação do ministro.

O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, também presente ao café com jornalistas, rebateu críticas sobre a paralisia do governo e disse que o Congresso irá aprovar a reforma. "Estamos mais desfazendo do que fazendo", disse, comentando sobre a atuação do governo nesses primeiros meses. "Vai baixar uma crise patriótica no Congresso e vamos aprovar a reforma", concluiu.

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