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Economia e Negócios

Guedes teme lançar mais de uma reforma e perder foco da Previdência

A fala do ministro da Economia veio após comentário de Rodrigo Maia sobre dar seguimento à reforma da Previdência.
Por Estadão Conteúdo

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou em Nova York que tem medo de lançar uma, duas ou três reformas e perder o foco na da Previdência. "Seria interessante focar na Previdência e, uma vez resolvida, entrar numa belíssima pauta", disse, durante evento em Washington.

A declaração foi dada após o ministro comentar a intenção do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de dar prosseguimento à tramitação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Reforma Tributária que foi apresentada na semana passada pelo deputado Baleia Rossi (MDB-SP) mesmo que o governo esteja preparando uma proposta própria sobre o tema.


  • Foto: Mike Sena/FotoArena/Estadão ConteúdoPaulo GuedesPaulo Guedes

"Sei o que funciona e o que não funciona na proposta de reforma tributária do Congresso", disse Guedes. "Maia pode estar, por senso político, falando que vai lançar reforma tributária", afirmou em seguida.

Ainda sobre a fala de Maia, o ministro ressaltou que não é articulador político e que a proposta do governo "não é necessariamente algo para colidir com o que Maia esteja fazendo". Segundo ele, o governo vai propor uma reforma pautada em simplificação de impostos e convergência, começando pelos tributos federais.

Numa declaração específica sobre a reforma da Previdência, Guedes afirmou que "seria de pouca inteligência ficar um ano e meio discutindo a Previdência". Mais cedo, ele afirmou que está seguro de que classe política vai se debruçar sobre esta reforma ainda no primeiro semestre.

1º semestre

O ministro da Economia afirmou ainda que está seguro de que a classe política vai se debruçar sobre a reforma da Previdência no primeiro semestre. "Seria extraordinariamente construtivo que o primeiro semestre fosse utilizado para aprovar a reforma", disse, durante evento em Washington.

Para Guedes, "tudo o que está acontecendo" é, na verdade, uma "crise de acomodação". "É natural que um governo que começa agora não se comunique na mesma linguagem que existia antes no Congresso", explicou. "Eu entendo a dificuldade na linguagem inicial (com Congresso)", disse depois.

Ele contou que tem conversado com presidente Jair Bolsonaro e com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e se mostrou confiante na aprovação da reforma da previdência. "Estou seguro que de que vamos superar os problemas", disse.

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