O déficit nas transações correntes do País chegou a US$ 7,874 bilhões em outubro, informou nesta segunda-feira, 25, o Banco Central. A instituição projetava déficit de US$ 5,8 bilhões para o mês passado. Esse foi o pior resultado para outubro desde 2014 (-US$ 9,305 bilhões) e o segundo pior para o mês desde o início da série histórica, em 1995.
A cotação do dólar passou a subir como reação aos dados do setor externo, segundo um operador de câmbio, chegando à máxima de R$ 4,2133. Às 10h31, a moeda americana era cotada a R$ 4,2113, com alta de 0,44%.
O resultado das transações correntes, um dos principais indicadores sobre o setor externo do País, é formado pela balança comercial (comércio de produtos entre o Brasil e outros países), pelos serviços (adquiridos por brasileiros no exterior) e pelas rendas (remessas de juros, lucros e dividendos do Brasil para o exterior).
O número de outubro ficou fora do estimado no levantamento do Projeções Broadcast, que tinha intervalo de déficit de US$ 6,10 bilhões a déficit de US$ 3,60 bilhões (mediana negativa de US$ 5,45 bilhões).
Balança comercial
A balança comercial registrou saldo positivo de US$ 490 milhões em outubro, enquanto a conta de serviços ficou negativa em US$ 3,581 bilhões. A conta de renda primária também ficou deficitária, em US$ 4,856 bilhões. No caso da conta financeira, o resultado ficou negativo em US$ 7,911 bilhões.
No acumulado do ano até outubro, o rombo nas contas externas soma US$ 45,657 bilhões. A estimativa do BC, do Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de outubro, é de déficit em conta corrente de US$ 36,3 bilhões em 2019.
Nos 12 meses até outubro deste ano, o saldo das transações correntes está negativo em US$ 58,825 bilhões, o que representa 3,00% do Produto Interno Bruto (PIB).
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