Relatório do BTG publicado nesta segunda-feira, 7, indica que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) poderá acelerar ainda mais a venda das ações de sua carteira para cumprir a meta de devolução de recursos ao Tesouro Nacional.
A estimativa é que o banco tenha colocado quase R$ 12 bilhões no mercado ao longo de todo o ano de 2018, quase o dobro de 2017, quando desencarteirou R$ 6,7 bilhões. Na avaliação dos analistas do BTG, o banco provavelmente terá que “vender parte (ou toda) as as ações de empresas brasileiras listadas” que tem em carteira para pagar o montante que a equipe econômica espera receber.
- Foto: Estadão Conteúdo BNDES
Para o BTG, não pode ser descartada a venda em bloco de alguns papéis. Atualmente, a carteira de ações do banco é avaliada em R$ 100 bilhões, quase 70% disso em ações da Petrobrás (cerca de R$ 50 bilhões) e Vale (R$ 20 bilhões).
Mesmo assim, baseados no perfil da carteira e no número de dias com negociação de cada papel, os analistas do BTG apontam algumas ações do setor elétrico, como Copel e AES Tietê, junto com Cimentos Tupy e JBS, entre as que podem sofrer maior pressão vendedora. Por outro lado, a análise do BTG, indica que papéis de empresas como Marfrig, Cemig, Tupy, Iochpe e Linx podem se beneficiar com o aumento da liquidez.
No relatório, o BTG destaca ainda a nova política de investimentos em ações aprovada pelo banco no ano passado. A expectativa é que os incentivos aprovados pelo banco aumentem o número de companhias listadas no mercado brasileiro. “Essa nova política deve inaugurar uma nova fase de investimentos do BNDES em ações”, aposta o BTG citando, os períodos entre 2007-2011, quando o banco investiu R$ 8,6 bilhões em 35 empresas, e 2012-2015, quando foram alocados R$ 6,3 bilhões em 23 operações.
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